A Procuradoria-Geral da República (PGR) quer que o ex-deputado federal Roberto Jefferson permaneça na cadeia. O querer do órgão foi demonstrado em uma manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde de segunda-feira (13).
Conforme publicou o Brasil123, o ex-deputado foi preso pela Polícia Federal (PF) em agosto deste ano após ter sido denunciado tanto pela PGR quanto pelo STF no inquérito que investiga a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia.
Em seu parecer para justificar o pedido de manutenção da prisão, Lindôra Araújo, subprocuradora-geral da República, afirmou que a conduta adotada pelo ex-deputado mesmo após a ordem de prisão ainda justifica as restrições.
Em outro trecho de sua manifestação, ela relembra que Roberto Jefferson descumpriu medidas cautelares ao seguir gravando e divulgando vídeos que continha inúmeros ataques aos ministros do STF.
“É de ser observar, portanto, que os pressupostos para o decreto prisional continuam atuais, em razão do comportamento desrespeitoso e, por vezes, hostil que o investigado manteve durante todo o período da custódia preventiva. Isso demonstra a necessidade da manutenção da sua custódia para a garantia da ordem pública”, escreveu Lindôra.
Ainda em sua manifestação, a procuradora afirmou que “os últimos comportamentos do investigado demonstram a ausência de comprometimento a cumprir as determinações judiciais que lhes são impostas”.
Roberto Jefferson: preso e afastado
Além de preso, o ex-deputado também foi afastado de seu cargo como presidente do PTB. De acordo com Alexandre de Moraes, ministro do STF, a decisão, tomada por ele, aconteceu porque o ex-deputado estava usando perfis em redes sociais e contas do partido para incitar a violência, inclusive contra integrantes do Supremo, atacar instituições democráticas, e espalhar notícias falsas.
“O Presidente do PTB tem se utilizado dos canais de comunicação do próprio Partido não como meio de liberdade de expressão, mas sim como instrumento de agressão, de propagação de conteúdo de ódio, subversão da ordem”, definiu o ministro na ocasião.
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