Aconteceu nesta terça-feira (31) uma reunião entra a Polícia Federal (PF) e representantes de partidos políticos para que seja apresentado um plano de segurança para os candidatos à presidência da República deste ano.
De acordo com informações do jornal “O Globo”, o encontro aconteceu na sede da corporação, em Brasília, e teve como intuito antecipar o planejamento de ações em razão do risco de uma eventual polarização nas eleições e também por conta do curto prazo entre a oficialização das candidaturas, 05 de agosto, e o início de fato das campanhas, 16 de agosto.
Segundo a publicação do jornal, cada candidato terá 30 agentes da Polícia Federal fazendo a sua escolta. Este número pode diminuir caso a corporação constate que o risco de qualquer ataque seja baixo.
Em nota, a PF informou que o encontro teve como objetivo principal alinhar as estratégias e ainda apresentar o planejamento conduzido na Operação Policial de Proteção aos Presidenciáveis, instaurada no começo deste ano.
Atualmente, existem 12 pré-candidatos à Presidência, sendo eles, levando em consideração as pesquisas de intenções de votos:
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
- Jair Bolsonaro (PL);
- Ciro Gomes (PDT);
- Simone Tebet (MDB);
- André Janones (Avante);
- Pablo Marçal (PROS);
- Vera Lúcia (PSTU);
- Luciano Bivar (União Brasil);
- Eymael (DC);
- Felipe D’Avila (Novo);
- Leonardo Péricles (UP);
- Sofia Manzano (PCB).
Foco é evitar fatos semelhantes aos de 2018
A ação da PF visa evitar o que aconteceu em 2018, quando o até então candidato Bolsonaro acabou sendo atacado em Juiz de Fora, Minas Gerais, por Adélio Bispo. O chefe do Executivo recebeu uma facada e ficou em estado grave, correndo risco de morte.
Naquele ano, uma caravana de Lula também sofreu devido a um ataque. Na ocasião, dois ônibus com pessoas que apoiavam o ex-chefe do Executivo foram atingidos enquanto estavam em estradas do Paraná.
Foi no mesmo 2018, mas fora da campanha, que a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, foram brutalmente assassinados, em um crime que, até hoje, ainda não foi completamente solucionado.
Violência contra políticos
Dados recentes publicados pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) mostraram que os casos de violência contra políticos não param de crescer.
Segunda a instituição, nos três primeiros meses deste ano, foram 113 casos de violência contra essas pessoas, um aumento de 48,7% quando comparado com o mesmo período de 2021.
A mesma instituição ainda detalhou que foram 21 homicídios contra políticos, sendo o estado da Bahia o com o maior número de mortes, seis, e o Partido dos Trabalhadores (PT) com mais vítimas de atos violentos, dez.