Agentes da Polícia Federal (PF) estão empenhados em investigar sobre os atos golpistas ocorridos no dia 08 de janeiro, em Brasília, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto – querem saber qual impressora foi usada para imprimir a “minuta do golpe”.
Assim como publicou o Brasil123, o documento foi encontrado na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Anderson Torres e tinha como objetivo subverter o resultado das eleições. De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, a origem do documento é uma das questões que agentes da PF querem saber.
Conforme o canal, pessoas que tiveram acesso à investigação dizem que os peritos cogitam usar uma técnica que permite apontar de qual impressora saiu o documento. Caso isso funcione, será possível saber qual foi o modelo do equipamento e onde ele está instalado. “Há um tipo de exame específico feito em sede de documentoscopia, a partir do bitmap da impressão, que torna possível identificar a impressora de origem do documento”, afirmou um dos investigadores.
Ainda segundo o canal, a hipótese de uso desse rastreamento também passa por uma avaliação técnica, pois é necessário saber, antes do teste em si, se a impressão foi feita em impressoras de pequeno, médio ou grande porte. Isso porque a perícia não retornará um resultado de qualidade se a “minuta do golpe” tiver sido impressa em um equipamento residencial.
Até que essa hipótese seja descartada, todavia, agentes da PF irão atuar com a possibilidade de rastrear a origem do documento. “Com certeza, está no radar da nossa investigação”, disse uma pessoa que está envolvida diretamente na investigação. Nesta quarta-feria (15), o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou recurso da defesa do ex-presidente Bolsonaro que queria excluir a “minuta do golpe” de uma investigação contra ele.