O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recebeu da Polícia Federal (PF) um pedido para que ele prorrogue o inquérito instaurado com o intuito de apurar se o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) cometeu ou não crime no momento em que divulgou, durante uma live, documentos sigilosos de uma investigação da corporação sobre um ataque hacker feito contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Até o momento, outros investigados como o deputado aliado de Bolsonaro, Filipe Barros (PSL-PR), e o delegado da Polícia Federal, Victor Neves Feitosa Campos, já prestaram depoimento sobre a suspeita de vazamento dos documentos.
O delegado em questão era o responsável pela investigação sobre o ataque ao TSE, no entanto, acabou sendo afastado por Alexandre de Moraes depois do vazamento.
O pedido da PF
Ao STF, a PF afirmou que a prorrogação se faz necessária porque novas diligências dentro da investigação, aberta em agosto por ordem de Alexandre Moraes, ainda precisam ser feitas. Agora, caberá ao ministro decidir se vai prorrogar e, caso determine que sim, por quantos dias essa prorrogação irá valer.
De acordo com as informações publicadas pelo jornal “O Globo”, após receber o pedido, Alexandre de Moraes deverá enviá-lo, ainda nesta quarta (06), para a Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o órgão opine sobre o assunto.
O vazamento do inquérito
Assim como publicou o Brasil123 à época, Bolsonaro, durante uma live feita em suas redes sociais, divulgou detalhes sigilosos de um inquérito da PF e ainda distorceu informações para sugerir que a investigação comprovaria a vulnerabilidade das urnas eletrônicas.
Depois do fato, Alexandre de Moraes autorizou que o presidente fosse investigado, argumentando que, “sem a existência de qualquer justa causa”, Bolsonaro teria quebrado, parcialmente, o sigilo do inquérito da entidade durante a transmissão, que também contou com a participação de deputado Felipe Barros.
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