Foi preso nesta sexta-feira (08), pela Polícia Federal (PF), um homem chamado Rubens Villar Coelho. Conhecido como Colômbia, ele é acusado de ter sido o mandante dos homicídios do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, que foram encontrados mortos no mês de junho na região do Vale do Javari, no Amazonas.
A prisão foi revelada pela jornalista da “Globo News” Andreia Sadi, que relatou que o superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Fontes, explicou que Colômbia foi capturado em flagrante usando documentos falsos enquanto prestava depoimento na delegacia de Tabatinga, no Amazonas, sobre sua suposta participação nos homicídios.
O acusado nega ter tido qualquer envolvimento com o crime, mas, segundo a Polícia Federal, as diligências apontam que o acusado é traficante de drogas e também um comprador de pescado ilegal vendidos por criminosos da região.
De acordo com a jornalista, a Polícia Federal explicou que, como a pena do crime de uso de documentos falsos é superior a quatro anos, o suspeito não poderá ser solto com o pagamento de fiança. Além disso, a corporação pretende pedir que a Justiça decrete a prisão temporária de Coelho a fim de que as investigações sejam aprofundadas.
A PF deve dar uma entrevista nesta sexta-feira (08) com atualizações do caso. Entre os pontos, a PF vai explicar como foi feita a reconstituição do crime e informar sobre o envio do caso para a Justiça Federal, para onde o tema foi encaminhado por ter relação com terras indígenas. Nesta sexta, também vence o prazo das prisões dos outros três suspeitos do crime:
- Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado;
- Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Dos Santos;
- E Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha.
O crime contra Dom e Bruno
Assim como publicou o Brasil123, Bruno e Dom desapareceram enquanto realizavam uma expedição a fim de investigar, na Amazônia, a Terra Indígena do Vale do Javari. A dupla foi vista pela última vez no dia 05 de julho enquanto passava pela comunidade de São Rafael.
O plano era chegar até Atalaia do Norte, em uma viagem que deveria durar duas horas a partir do momento em que eles foram observados pela última vez. No entanto, depois da última aparição, os dois só foram encontrados dez dias depois, já mortos.
Segundo a PF, Bruno e Dom foram mortos a tiros e tiveram seus corpos esquartejados, queimados e enterrados. Os restos mortais da dupla foi foram encontrados após Amarildo da Costa Oliveira ter, além de confessado que participou dos assassinatos, indicado onde estavam os corpos.
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