A Polícia Federal (PF) anunciou, nesta segunda-feira (12), que abriu um inquérito a fim de apurar as ameaças recebidas pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) por meio de seu telefone pessoal. Além de parlamentar, o político também é vice-presidente da CPI da Covid-19, que investiga as ações e omissões do governo federal na pandemia.
De acordo com a PF, apesar de anunciado nesta segunda, a abertura da investigação foi assinada na última sexta-feira (09) pela Delegacia de Defesa Institucional da PF e encaminhado à comissão de inquérito da entidade.
O inquérito para investir as ameaças sofridas por Randolfe foi um pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid-19. Isso porque, no dia 18 de maio, o parlamentar enviou um ofício à PF com cópias das mensagens recebidas por Randolfe e solicitou “a apuração do cometimento de eventuais crimes”.
Ainda no pedido enviado em maio, Omar Aziz ressaltou que caso presidência da Comissão tomasse conhecimento de outra ameaça a qualquer outro membro do colegiado, imediatamente encaminharia um novo ofício à Polícia Federal, para providências cabíveis com vistas à identificação de autoria e materialidade.
Mensagens a Randolfe
As mensagens de ameaça foram relatadas por Randolfe durante uma sessão da CPI da Covid-19. Na oportunidade, ele afirmou que estava sendo alvo de ameaças que pareciam ser coordenadas.
“Eu creio que não devam ser todos, mas alguns colegas desta CPI têm recebido nas suas comunicações pessoais, no seu WhatsApp e diversas formas diferentes tipos de ameaças”, afirmou Randolfe Rodrigues à época.
Nas mensagens, de acordo com o próprio senador, ele foi chamado de chamado de “v*gabu*do” e “bandido”. Além disso, nas mensagens, também é possível ver uma alusão não só a Randolfe, mas sim a todos os que compõem a CPI da Covid-19.
Isso porque, em determinados trechos, existe a menção a “traidores da pátria” e diz que os senadores são “a favor do insano, imoral e contra a família bíblica”. O texto é encerrado com a frase: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), crítico assumido das investigações da CPI da Covid-19.
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