Sob nova direção, a Polícia Federal (PF) terá três temas como prioridade em sua área de investigação. De acordo com a entidade, milícias e facções criminosas, corrupção e crimes ambientais serão os assuntos olhados com mais atenção pela corporação daqui em diante.
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Segundo uma reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, uma reestruturação interna já está em andamento e criará, ou em alguns casos elevará, postos relacionados a esses assuntos.
Ainda conforme a reportagem, o chefe que cuida de inquéritos contra políticos, por exemplo, receberá um acréscimo de salário por conta da mudança de status do setor.
Conforme a Polícia Federal, essas alterações irão acontecer na Diretoria de Investigação e Combate à Organização Criminosa (Dicor), que é onde são concentradas as coordenações-gerais que cuidam de investigações contra diversos tipos de crimes.
Além disso, também há a precisão da criação de dois núcleos: contra roubos a bancos e a cargas. Outra mudança importante é quanto a movimentação de setor dos crimes eleitorais, que será transferido para a área de crimes cibernéticos, visto que, de acordo com a PF, atualmente, as irregularidades eleitorais estão relacionadas à fake news ou à ações ilícitas nas redes.
Assim como relembra a “Folha”, a reestruturação que acontece hoje é bem diferente da que havia sido programada pela gestão anterior. Isso porque, de acordo com a antiga diretoria da corporação, seriam criadas uma diretoria específica para combate ao tráfico de drogas e outra para corrupção – a mudança nunca saiu do papel.
Mais mudanças na PF
Segundo a Polícia Federal, outras mudanças além das mencionadas serão feitas na entidade. Dentre as principais estão as programadas para a coordenação-geral de repressão a drogas, armas e facções criminosas.
De acordo com a corporação, a coordenação terá três setores: repressão a crimes violentos, de repressão a drogas e de repressão a facções e milícias. “Na coordenação de repressão a crimes violentos, dentro da divisão de crimes contra o patrimônio, serão criados os núcleos de roubo a bancos e roubo a cargas”, informou a PF.
Já na repressão a drogas, a entidade criará, segundo o plano, duas divisões: uma de combate ao tráfico nacional e outra para o internacional. ” O serviço de tráfico de armas passará a ser divisão e será criado um setor de lavagem de dinheiro para fortalecer a metodologia da descapitalização das organizações criminosas ligadas ao narcotráfico”, relata a corporação.
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