A Polícia Federal (PF) revelou nesta segunda-feira (26) dados sobre a operação “Liberterra”, ação que foi deflagrada em mais de 40 países, em todos os continentes. Em nota, a entidade revelou que os trabalhos, realizados entre os dias 5 a 9 de julho, envolveram diversas atividades.
Segundo a corporação, dentre essas ações estiveram a prevenção, repressão e apoio às vítimas dos crimes de tráfico de pessoas, promoção de migração ilegal, contrabando de migrantes e crimes correlatos, como a falsificação de documentos, inclusive de viagem, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa transnacional.
“A operação se desenvolveu em dois níveis estratégicos: o primeiro era relacionado ao desencadeamento de vários trabalhos de polícia judiciária locais; e o segundo, mediante o reforço do controle do tráfego migratório em aeroportos e postos terrestres de fronteira”, revelou a PF.
De acordo com a corporação, no primeiro nível, no Brasil, a corporação deflagrou duas operações. Nelas, foram cumpridos diversos mandados judiciais e apreendidos materiais relacionados aos crimes investigados. “Nessas ações, foi promovido o resgate de dez vítimas, entre brasileiros e estrangeiros”, informou a Polícia Federal.
Por outro lado, no nível dois, a corporação revela que houve a intensificação do controle migratório de mais de 11 mil passageiros de voos internacionais e também de postos de fronteira considerados estratégicos. Segundo a Polícia Federal, os locais nos quais foram desenvolvidos esses trabalhos são:
- Aeroportos Internacionais de Cumbica, Guarulhos, SP e Galeão, Rio de Janeiro;
- Pontes da Amizade e Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu, PR;
- Ponte da Integração, Assis Brasil, no AC;
- E Ponte Prefeito Olavo Brasil Filho, em Bonfim, RR.
De acordo com a PF, a corporação tem trabalhado ativamente de todas as operações internacionais coordenadas pela Interpol, chegando a abrigar o Centro de Coordenação Mundial das ações correspondentes aos referidos trabalhos.
Por consequência, afirma a entidade, “a PF tem promovido, de maneira eficaz, o enfrentamento, dentre outros, aos crimes de tráfico de pessoas e promoção de migração ilegal, com penas de quatro a oito anos e dois a cinco de reclusão, respectivamente”, informou a Polícia Federal, que completa explicando que, tudo isso, “dentro de uma concepção de sinergia entre agências policiais do mundo inteiro e concentração de esforços”.
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