Um relatório feito pela Polícia Federal (PF) traz o teor das conversas extraídas do celular do senador Marcos do Val (Podemos). De acordo com o canal “Globo News”, nessas conversas, há detalhes de um suposto plano de golpe de Estado que ele teria tratado, durante uma reunião em Brasília, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB).
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Hoje, Marcos do Val é investigado pela PF por tentativa de obstruir as investigações. De acordo com o relatório da entidade, durante depoimentos, o parlamentar contou várias versões diferentes.
Conforme uma matéria da emissora citada, a Polícia Federal encontrou, no celular do senador, um WhatsApp onde o parlamentar falou de uma suposta trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou derrotando Bolsonaro nas urnas.
Nas mensagens, o senador afirma que está “com a bomba na mão para destruir Bolsonaro e outra para destruir Lula”. Ainda nesse grupo, consta que o senador se colocou na seguinte posição de importância: “simplesmente está em minhas mãos o destino de dois presidentes”.
De acordo com a “Globo News”, essas mensagens constam no primeiro relatório de análise do celular que Marcos do Val – o aparelho foi entregue voluntariamente pelo senador que, durante uma operação da entidade, teve apreendido outros aparelhos telefônicos, pendrives e computadores em endereços ligados ao senador em Brasília e no Espírito Santo.
PF investiga Marcos do Val
Atualmente, Marcos do Val é investigado por obstruir investigações sobre os atos golpistas do 08 de janeiro, sendo que publicações nas redes sociais do senador foram o que basearam a operação da PF em julho.
Antes da ação, em fevereiro, o parlamentar acusou Bolsonaro e Daniel Silveira de terem o chamado para uma reunião onde propuseram ao senador que ele participasse de um plano de golpe de Estado.
Desde então, Marcos do Val contou inúmeras versões sobre o caso, com várias contradições. Conforme as informações, dentre os crimes em que ele pode ser enquadrado, está o de divulgar informações sigilosas que podem causar prejuízo a outras pessoas – hoje, o senador está fora das redes sociais, pois as contas do parlamentar foram bloqueadas por determinação da Justiça.