Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram dois mandados de busca contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa envolvida nas tentativas de ataques cibernéticos ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, a entidade revelou que a operação, deflagrada nesta quarta-feira (11), culminou na apreensão de diversos dispositivos eletrônicos dos acusados, que residem nos estados do Rio de Janeiro e do Ceará.
Após a captura desses aparelhos, informou a Polícia Federal, uma perícia minuciosa será feita a fim de se constatar alguma ligação dos suspeitos com o ataque à Corte, ocorrido no mês de maio.
Ainda conforme a corporação, os mandados cumpridos nesta quarta (11) fazem parte da segunda fase da ação nomeada “Leet”. A primeira etapa da operação foi deflagrada em junho deste ano. Na ocasião, três pessoas foram presas suspeitas de terem participado da invasão virtual ao portal do Supremo Tribunal Federal.
O ataque ao STF
Conforme publicou o Brasil123, a tentativa de invasão à Corte foi registrada em maio e deixou o portal instável por mais de uma semana. À época, técnicos do Supremo resolveram retirar a página do STF do ar para investigar o motivo da instabilidade no sistema.
Além disso, na oportunidade, o STF afirmou que não havia sido relatado nenhum comprometimento de informações sigilosas, pois os criminosos só conseguiram acessar as informações públicas. Todavia, a PF foi acionada para apurar o caso e, por isso, as operações sobre a invasão foram deflagradas.
De acordo com as informações publicadas pelo próprio Supremo Tribunal Federal, a descoberta da tentativa de invasão aconteceu no momento em que os técnicos identificaram aumento expressivo do número de acessos ao site, o que fugia do padrão.
“O acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento […] Somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas”, informou o STF na ocasião.
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