A Polícia Federal (PF) revelou nesta quarta-feira (03) que abriu inquérito para investigar o megavazamento de dados de cidadãos e autoridades na internet. Vale a pena lembrar que na semana passada veio a público a informação de que o vazamento atingiu mais de 223 milhões de brasileiros.
Leia também: Bolsonaro e ministros do STF entram na mira de hackers
Essas pessoas tiveram informações pessoais expostas na internet. É o maior vazamento do tipo já identificado no Brasil e envolve até dados de pessoas já falecidas. De acordo com uma matéria da “TV Globo”, a PF recebeu na última quinta-feira (28) um pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para abrir a investigação.
A ANPD é o órgão da administração pública federal responsável por zelar pela proteção de dados pessoais e por implementar e fiscalizar o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil.
Segundo a PF, o inquérito vai apurar todos os vazamentos recentes envolvendo cidadãos e autoridades. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) teve dados expostos. Além disso, também há poucos meses, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram até seus dados vendidos na internet, de acordo com o jornal o Estado de São Paulo.
Outra ação da PF
Outra ação da PF envolvendo o mundo digital foi realizada nesta quarta (03). Em nota, a entidade revelou que cumpriu um mandado de busca e apreensão Maceió (AL) durante a execução da fase ostensiva da Operação Inocência Compartilhada.
A operação em questão investiga o compartilhamento de fotos e vídeos com cenas de pornografia infantojuvenil em grupos de aplicativos de mensagens, dos quais também participavam pessoas residentes em outros países.
“A investigação é resultado da operação policial desenvolvida pela Interpol na Argentina denominada Operacion Terra, que identificou a existência de grupos do aplicativo de mensagens por onde os investigados trocavam fotos e vídeos contendo imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes com participantes de vários países”, explicou a PF em nota.
Ainda no comunicado, a PF revelou que a polícia argentina identificou que um dos participantes do grupo utilizava um terminal móvel com DDD do Estado de Alagoas, o qual compartilhou imagens de crianças em situação de nudez.
“Embora o usuário da linha telefônica investigada não estivesse no imóvel no momento do cumprimento do mandado de busca, os policiais federais colheram informações importantes para a sua identificação e responsabilização”, completou a entidade.
O crime
Por fim, a Polícia Federal revelou que os suspeitos desta operação poderão responder pelos crimes que punem a posse e o compartilhamento de imagens pornográficas e de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes. As penas máximas para esses crimes, se somadas, podem chegar a até 10 anos de prisão. “As investigações continuarão até a localização do responsável”, finalizou a PF em nota.
Curta nossa página no Facebook e siga-nos no Instagram para acompanhar todas as notícias!