A Polícia Feral (PF) de Sergipe revelou que abriu inquérito para apurar o possível ataque hacker na conta da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do estado no Instagram nesta semana. A informação foi revelada neste sábado (01) pelo canal “CNN Brasil” – o ataque aconteceu na quinta-feira (01), quando uma postagem pedia doações para o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, a PRF relatou que “não pede doações de qualquer espécie para pessoas públicas ou partidos políticos”. Conforme a “CNN Brasil”, esse inquérito, que será comandado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, vai tentar identificar quem criou a chave pix e se alguém recebeu doações em nome do ex-presidente. Não suficiente, a informação é que a PRF também abriu uma investigação interna para saber a segurança das redes e, em alguma hipótese, se houve participação de algum servidor.
Assim como publicou o Brasil123, por conta do ataque, Flávio Dino, ministro da Justiça, determinou a suspensão de perfis regionais da PF e também da PRF nas redes sociais. “Em face da alegada invasão de perfil regional da PRF em Sergipe, inclusive com troca da senha, estou determinando a suspensão dos perfis regionais da PF e da PRF para análise da segurança, permanecendo somente os perfis nacionais nas redes sociais”, disse na oportunidade.
“Quanto à retirada do ar da postagem criminosa, a PRF está com providências em andamento. E investigação será instaurada para apuração dos fatos”, completou Flávio Dino, em um pronunciamento que foi feito em uma publicação no Twitter. Até este sábado, os perfis da entidade continuavam desativados.
O ataque ao Instagram da PRF
Na madrugada de quinta, uma postagem em uma rede social oficial da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe pediu doações para Bolsonaro por meio de chaves PIX. O post, feito por um invasor, afirmava que a instituição “decidiu colaborar” com o ex-presidente. Nesse sentido, a publicação pede que aqueles que apoiam a causa façam doações por uma chave PIX.
Além da legenda, a publicação também trazia um QR Code onde seria possível fazer a doação – apesar disso, tanto a chave, quanto o código, não funcionam – os comentários na publicação foram desabilitados, ou seja, não era possível alertar que se tratava de uma invasão.
Nos últimos dias, aliados de Bolsonaro, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), e também o deputado estadual Bruno Engler (PL), passaram a pedir que apoiadores do ex-presidente doassem dinheiro ajudar o ex-chefe do Executivo a pagar multas em processos judiciais que enfrenta.
Essa invasão e publicação foi feita no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou o julgamento que acabou custando a Bolsonaro a inelegibilidade pelos próximos oito anos – o ex-presidente foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
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