O petróleo iniciou a semana em forte queda. O resultado até poderia ter sido diferente devido às diversas preocupações globais. No entanto, o dia ficou marcado pela realização de lucros, visto que a commodity fechou a terceira semana seguida em alta.
A saber, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, caíram 1,81% no pregão desta segunda-feira (24). Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 86,30 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, tombaram no pregão (-2,00%). Assim, o barril caiu para US$ 83,44 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Embora tenham afundado nesta segunda, ambas as referências seguem com uma valorização superior a 10% na parcial de 2022. Em resumo, isso está ocorrendo graças aos ganhos registrados nas três primeiras semanas deste ano, motivados pelo aumento das preocupações globais.
Conflitos e restrição de oferta impulsionam preços
Nos últimos dias, os investidores seguem repercutindo o aumento das tensões sobre conflitos no Oriente Médio. Em suma, combatentes Houthi do Iêmen fizeram um ataque com drones nos Emirados Árabes Unidos na semana passada. Os danos não foram significativos, mas os investidores estão tensos com as expectativas para o futuro.
A região ainda sofreu recentemente com protestos violentos no Cazaquistão. Além disso, as tensões vindas do leste europeu ganharam mais força nesta segunda com a iminente invasão da Rússia à Ucrânia. A saber, os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália já começaram a retirar as famílias de funcionários das suas embaixadas na Ucrânia.
Vale destacar que o mercado de petróleo segue otimista, apesar do avanço da variante Ômicron. Em síntese, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) continua acreditando no crescimento da demanda por petróleo em 2022 . A entidade afirma que a elevação de juros deve manter o petróleo em alta no decorrer deste ano.
Ao mesmo tempo, muitos analistas acreditam que a oferta restrita não conseguirá acompanhar a demanda global, mesmo com o aumento da produção. Por isso que os preços do petróleo vêm subindo nas últimas semanas.