O petróleo voltou a fechar o pregão em forte alta. Nesta segunda-feira (21), a tensão geopolítica que domina o leste europeu nos últimos dias ganhou novos capítulos. A saber, a Rússia destruiu dois veículos militares ucranianos que teriam atravessado a fronteira. Isso gerou ainda mais preocupações sobre a produção de petróleo na região, o que impulsionou a commodity.
Os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, tiveram alta de 1,97% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 95,39 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
No entanto, não houve sessão em Nova York devido ao feriado do Dia do Presidente. Por isso, o petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, não teve sessão regular nesta segunda. A propósito, o barril fechou a semana passada cotado a US$ 91,07 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Com o acréscimo desse resultado, o petróleo fortaleceu ainda mais o seu desempenho em 2022. Embora ambas as referências tenham caído na semana passada, os ganhos seguem expressivos. Em suma, o barril Brent tem valorização de mais de 20% no ano. Por sua vez, o WTI tem um resultado um pouco mais forte, com alta de aproximadamente 21%.
Vale destacar que a commodity fechou 2021 com ganhos acumulados de mais de 50%. Aliás, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços do petróleo. No entanto, a commodity permanece com forte valorização em 2022.
Preços do petróleo reagem à tensão geopolítica
Nesta segunda, a escalada de tensão no leste europeu seguiu fortalecendo a commodity. Em resumo, o mercado teme a possível invasão da Rússia à Ucrânia, que pode afetar o mercado energético global. A Rússia anunciou a retirada de algumas tropas das regiões de fronteira com a Ucrânia na última terça (15), mas isso não convenceu diversos países.
Na verdade, os Estados Unidos acusaram a Rússia de apenas movimentar os soldados para outras partes da fronteira, sem realmente retirá-los da região. A saber, uma invasão russa pode causar interrupções da produção de petróleo no leste europeu, gerando diversos impactos no setor energético global.
Os analistas acreditam que os preços do petróleo continuarão voláteis enquanto não houver um desfecho para essa situação. Inclusive, a cotação dos barris pode superar os US$ 100 nas próximas sessões, segundo especialistas.
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