Os preços do petróleo fecharam a sessão desta sexta-feira (9) com um avanço firme. A saber, a commodity conseguiu superar as turbulências que vem marcando a semana em torno das restrições à sua produção. O temor global sobre consequências negativas destas ações acabou dando espaço para notícias mais recentes.
Com isso, os contratos futuros para setembro do barril do petróleo Brent, referência mundial, saltaram 1,92%, para US$ 75,55 na ICE, em Londres. Da mesma forma, os contratos para o petróleo dos Estados Unidos (WTI) para agosto subiram na sessão (2,22%), fazendo a negociação do preço do barril subir parar US$ 74,56 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Estes avanços foram super importantes para a cotação das commodities, que conseguiram reduzir bastante o tombo acumulado na semana. Em resumo, o barril do petróleo Brent caiu 0,81% na semana, enquanto o WTI recuou 0,79%. Por falar na semana, o período ficou marcado pelas divergências entre a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, que poderiam adotar posturas individualistas para a produção de petróleo.
O temor ficou pautado na elevação da oferta da commodity, que pode ser produzida da maneira que os países bem entendam, o que pode derrubar o preço dos barris. Essa preocupação ainda existe, mas, nesta sessão, os investidores focaram em dados mais recentes vindos dos Estados Unidos.
Em suma, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou uma queda maior que a esperada dos estoques americanos de petróleo. Ao mesmo tempo, a queda na oferta da gasolina também foi bem mais intensa que as estimativas e ajudou a impulsionar os preços do petróleo na sessão. Tudo isso ganhou mais destaque entre os mercados do que a própria situação dos países da Opep+. Por isso que o petróleo subiu.
Confira mais detalhes do corte de produção da Opep+
Votando à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), os países que a integram vêm adotando desde abril de 2020 uma postura de corte da produção de petróleo. A decisão foi tomada por causa da maior queda mensal da história dos preços da commodity, em março do ano passado, mês em que houve a decretação da pandemia da Covid-19.
De lá pra cá, a organização vem elevando gradativamente essa produção, cujo corte acordado entre os membros foi de 10 milhões de barris por dia. Atualmente, os limites estão em cerca de 5,8 milhões de barris. E a Opep+ até parecia estar a caminho de mais elevações da produção, mas isso não aconteceu.
Em suma, os Emirados Árabes querem aumentar a sua produção de petróleo. Além disso, o país se opôs a estender os cortes de produção até dezembro de 2022. A propósito, o acordo prévio apontava o fim dos cortes em abril de 2022. Tudo isso fez a reunião da Opep+ na última sexta (2) chegar ao fim sem uma conclusão.
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