Os preços do petróleo continuam sua escalada. Nesta terça-feira (5), a commodity subiu mais uma vez. E isso aconteceu, novamente, por causa da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) em manter sua produção de petróleo no mesmo nível atual.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para dezembro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, subiram 1,6%, o que corresponde a US$ 1,30. Assim, terminaram o dia cotados a US$ 82,56, na ICE, em Londres. Esse é o maior patamar do petróleo desde 2018. Inclusive, na semana passada, o Brent registrou o quarto ganho semanal consecutivo.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo WTI para novembro, que é a referência norte-americana, avançaram na sessão (1,7% ou US$ 1,31). Com isso, o barril ficou cotado a US$ 78,93 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Inclusive, o barril chegou a disparar mais de 2% na sessão, atingindo US$ 79,48, maior nível desde 2014. O WTI registra seis ganhos semanais seguidos.
Opep mantém nível de produção estável
Em suma, o que mais repercutiu no pregão desta terça foi novamente a reunião da Opep+. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, até pediu para a Opep aumentar a sua produção devido a forte demanda global por petróleo. No entanto, a organização decidiu manter o crescimento gradual da sua produção, alegando que o aumento da demanda vem acontecendo gradativamente.
Na verdade, a Opep+ já havia projetado na última reunião que manteria a sua produção inalterada, em 400 mil barris de petróleo por dia. Os pedidos dos EUA e de outros países para elevar a produção se baseou, em parte, na interrupção no Golfo do México, cuja produção ficou paralisada por causa do furacão Ida.
Por fim, a oferta limitada tende a elevar os preços do petróleo, ainda mais porque a demanda global continua forte. Em suma, o abrandamento de medidas restritivas por causa da Covid-19 está aumentando o consumo de combustível no mundo. A liberação das fronteiras para entrada de viajantes de outros países também vem impulsionando a demanda pela commodity.
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