Os preços do petróleo continuam subindo no mercado internacional, e nesta terça-feira (9) não foi diferente. A saber, os mercados vêm enfrentando dificuldades com a oferta reduzida da commodity. E nem mesmo a decisão dos Estados Unidos de vender reservas estratégicas parece fazer efeito e limitar os avanços dos preços.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para janeiro do barril do petróleo Brent, que é a referência global, subiram 1,61% no pregão. Assim, encerraram o dia cotado a US$ 84,78, na ICE, em Londres.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo WTI para dezembro, que é a referência norte-americana, tiveram um avanço ainda mais expressivo na sessão, de 2,71%. Com isso, o barril terminou o pregão cotado a US$ 84,15 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) confirmou que manterá o mesmo ritmo de produção de 400 mil barris diários em dezembro. Contudo o avanço da vacinação contra a Covid-19 vem impulsionando as viagens aéreas em todo o mundo.
Nesse cenário, a demanda por petróleo cresce gradativamente. E, quanto menor a oferta, maiores os preços do item. Além disso, o inverno terá início no hemisfério norte em dezembro, e a expectativa é que as temperaturas fiquem bem baixas. Por isso, a demanda tanto por petróleo quanto por gás natural tendem a crescer no final de 2021 e início de 2022.
EUA decidem vender reservas para conter altas do petróleo
Em suma, os Estados Unidos decidiram vender reservas estratégicas do petróleo para conter os recentes avanços. No entanto, analistas dizem que essa medida não conseguirá segurar os preços da commodity. Em vez disso, haverá uma restrição persistente no longo prazo, pois estas reservas precisarão ser repostas.
Inclusive, o mercado teme que, havendo a aprovação da venda destas reservas, o petróleo suba ainda mais. Isso ocorreria porque o próprio movimento “será visto como uma tentativa desesperada que destaca a escassez aguda de petróleo”, disse Manish Raj, diretor financeiro da Velandera Energy Partners, à MarketWatch.
Por fim, o mercado aguarda a divulgação de novos dados de estoque de petróleo e gasolina nos Estados Unidos. Isso deve ocorrer amanhã e a expectativa é que o estoque tenha crescido 3,29 milhões barris de petróleo. Em contrapartida, a previsão é que a gasolina recue 1,48 milhão.
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