Os preços do petróleo iniciaram a semana em alta. A saber, o mercado reagiu a duas principais notícias nesta segunda (22). A primeira delas envolve o ritmo de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+). Já a segunda tem a ver com a liberação de reservas estratégicas da commodity por parte dos Estados Unidos e China.
Em resumo, os contratos futuros para janeiro do barril Brent, que é a referência mundial, avançaram 1,02% e fecharam o dia cotados a US$ 79,70 por barril na ICE, em Londres. Da mesma forma, os contratos para o mesmo mês do petróleo WTI, referência norte-americana, tiveram alta de 1,06% na sessão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 76,75 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
A propósito, os investidores continuaram repercutindo a liberação das reservas estratégicas de petróleo dos EUA e China. Outros países também estão fortalecendo o coro de venda das suas reservas estratégicas para aumentar a oferta e, consequentemente, reduzir o preço da commodity. Aliás, o Japão também avalia adotar a medida, segundo a imprensa estrangeira.
Aumento de casos da Covid-19 na Europa preocupa
Além disso, o dia ficou mais uma vez marcado pelo aumento de casos da Covid-19 na Europa. Inclusive, alguns países do continente estão voltando a adotar medidas para conter a disseminação do vírus. Não há confirmação de novos lockdowns, mas os casos estão crescendo vertiginosamente e preocupando o mercado mais uma vez.
“Isso é o que a Opep+ advertiu durante meses, quando foi forçada a defender o não aumento da produção porque os preços dispararam. Agora estamos vendo os preços corretos [da commodity] e isso pode continuar nas próximas semanas se mais países europeus anunciarem um aumento das restrições”, disse Craig Erlam, analista de mercado sênior da Oanda, em nota.
Por falar na Opep, há relatos de que a organização não sabe nem se realizará os modestos aumentos de produção nos próximos dias. A saber, o presidente dos EUA, Joe Biden, já pediu à Opep que elevasse a produção, mas a organização se recusou. E a expectativa é que não aumente o volume de barris diários por mais tempo.
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