O preço do petróleo vem crescendo sem interrupções nas últimas semanas. Diversos fatores estão impulsionando a commodity nos últimos tempos, como o aumento da demanda, a redução da oferta e a crise energética em algumas regiões do planeta. E, nesta segunda-feira (25), outro problema foi adicionado a esse cenário.
A saber, produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) acreditam que a pandemia da Covid-19 ainda possa afetar o consumo do petróleo no mundo. Apesar do avanço da vacinação em diversos países, o número de casos da Covid-19 voltou a crescer na Europa e na Rússia. Por isso, o receio se refere a uma nova redução da demanda por petróleo.
Diante disso, os preços dos contratos futuros para janeiro do barril do petróleo Brent, que é a referência global, subiram 0,54%, para US$ 85,99, na ICE, em Londres. Durante a sessão, os barris atingiram a máxima de US$ 86,70, maior patamar desde outubro de 2018.
Por sua vez, os contratos do petróleo WTI para dezembro, que é a referência norte-americana, encerraram o dia sem variação. Assim, o barril continuou cotado a US$ 83,76 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). A propósito, o WTI atingiu US$ 85,4 por barril na sessão, maior nível desde outubro de 2014.
Em suma, tanto o Brent quanto o WTI acumulam alta de cerca de 20% desde o início de setembro. Inclusive, o barril Brent acumula alta nas últimas sete semanas seguidas, enquanto o WTI registrou avanços nas últimas nove semanas.
Veja o que mais impulsiona o petróleo
Além disso, a oferta global segue apertada. O ministro da Energia da Arábia Saudita afirmou que o país não pensa em aumentar a oferta de petróleo por enquanto. A saber, o país é um dos maiores produtores mundiais da commodity. Na verdade, o mercado não espera aumento dos produtores da Opep e seus aliados em um futuro próximo.
A oferta limitada tende a elevar os preços do petróleo, ainda mais em um momento de forte demanda global. Outro fator que vem elevando o petróleo é a redução da oferta de gás natural. Nesta segunda, projeções de um inverno mais rigoroso nos Estados Unidos impulsionou o preço do gás, visto que a demanda por ele deve crescer se houver realmente mais frio no país.
“A crise no fornecimento global de energia continua mostrando seus dentes, à medida que os preços do petróleo estendem sua marcha de alta esta semana, um resultado dos preços dos traders no aumento contínuo da demanda de combustível – que em meio à resposta limitada da oferta está esgotando os estoques globais”, disse Louise Dickson, analista sênior de mercados de petróleo na Rystad Energy.
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