O petróleo continua no campo dos ganhos em 2022. Após avançar nos dois primeiros pregões do ano, a commodity seguiu a trajetória ascendente e também subiu na sessão desta quarta-feira (5).
As notícias sobre a variante Ômicron não afetaram o otimismo dos investidores. Na verdade, o que mais repercutiu no dia foi a redução dos estoques norte-americanos de petróleo.
A saber, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, subiram 1%. Com isso, o barril do petróleo chegou aos US$ 80,80 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também tiveram alta no pregão (+1,11%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 77,85 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Em resumo, ambos os valores seguem bem próximos ao nível registrado no final de novembro, quando tombaram mais de 10% devido ao temor provocado pela Ômicron. À época, notícias sobre a nova variante fizeram o preço do petróleo despencar.
Aliás, nem mesmo o registro de mais de 2,4 milhões de casos de Covid-19 no planeta em um único dia derrubou os preços do petróleo. Embora a Ômicron possua uma transmissibilidade nunca antes vista, o mercado segue acreditando que essa disparada de casos chegará ao fim no curto prazo.
Estoques de petróleo nos EUA caem menos que o esperado
Deixando a Ômicron de lado, os investidores focaram na divulgação de dados nos Estados Unidos. Em suma, os estoques norte-americanos de petróleo caíram em 2,144 milhões de barris na semana passada, para 417,851 milhões de unidades. Em suma, a redução veio abaixo das projeções de analistas, que acreditavam numa queda de 3,2 milhões de barris no período.
Isso até fez os preços do petróleo perderem o fôlego, mas a situação logo mudou. A saber, essa é a sexta semana consecutiva de queda nos estoques dos EUA. Esse dado já aumenta o otimismo do mercado, uma vez que indica a forte demanda pela commodity.
Por fim, a decisão da Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (Opep+) em elevar a sua produção diária em fevereiro também continuou repercutindo. A entidade acredita que a Ômicron não afetará fortemente a demanda por petróleo. Pelo contrário, a Opep+ aposta na melhora a curto prazo do cenário global.
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