O preço do barril de petróleo voltou a superar os US$ 110 na quinta-feira (19). A saber, o dia ficou marcado por diversos fatores, como as preocupações com a oferta global de petróleo e com a desaceleração econômica global. E esse resultado pressiona ainda mais os preços dos combustíveis no Brasil.
Em resumo, o barril Brent, que é a referência mundial, subiu 2,68% no dia, para US$ 112,04 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 2,66% na sessão, para US$ 109,89 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Com isso, o Brent passa a acumular uma valorização de 41% em 2022, enquanto o WTI tem ganhos de quase 43% neste ano. Embora estes valores sejam bastante expressivos, já chegaram a superar os 60% em março devido à guerra na Ucrânia. E isso fez a Petrobras reajustar o diesel em 24,9% e a gasolina em 18,8% no dia 11 de março.
Combustíveis devem seguir mais caros no país
Na semana passada, a Petrobras promoveu um novo reajuste no preço do diesel, de 8,87%. De acordo com o presidente da estatal, José Mauro Coelho, a empresa seguirá a mesma política de preços. Assim, poderá elevar novamente os preços dos combustíveis, a depender da variação internacional do barril de petróleo.
O presidente Jair Bolsonaro já criticou a Petrobras publicamente diversas vezes. Contudo, afirmou que não vai interferir nos preços praticados pela empresa, “a não ser pelas vias legais”.
A saber, a estatal registrou um lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre deste ano. “A Petrobras está gordíssima, está obesa! Poderia, sim, o seu Conselho e diretores reduzir a margem de lucro. A margem de lucro deles é na casa de 30%, já as outras petroleiras estão no máximo em 15%”, disse Bolsonaro, na semana passada.
Diante de tudo isso, a população deverá continuar sofrendo com os altos preços dos combustíveis. Não há expectativa para a queda no curto prazo dos valores do diesel e da gasolina, derivados do petróleo. Pelo contrário, especialistas afirmam que os valores podem subir ainda mais caso a oferta global de petróleo siga restrita. Resta torcer para que isso não aconteça.
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