O preço do barril de petróleo voltou a se aproximar dos US$ 110 nesta quarta-feira (13). A saber, o dia ficou marcado pelo aumento das preocupações vindas do leste europeu, visto que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que as negociações para um acordo de paz com a Ucrânia chegaram a um “beco sem saída”.
Em resumo, o barril Brent, que é a referência mundial, saltou 3,95% no dia. Com isso, fechou a sessão cotado a US$ 108,78 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Esse é o maior patamar de fechamento desde 30 de março, quando os preços haviam ultrapassado os US$ 113.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 3,62% na sessão, para US$ 104,25 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Com isso, o Brent passa a acumular uma valorização de 37,1% em 2022, enquanto o WTI tem ganhos de 35,4% neste ano. Embora estes valores sejam bastante expressivos, já chegaram a superar os 60% em março devido à guerra na Ucrânia. E isso fez a Petrobras reajustar o diesel em 24,9% e a gasolina em 18,8% no dia 11 do mês passado.
Combustíveis devem seguir mais caros no país
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro vem reclamando publicamente da política de preços da Petrobras. Em suma, ele diz que os aumentos no preço dos combustíveis sempre recaem sobre ele. No entanto, ele afirmou que “não apita nada” nessa área.
O presidente da República trocou o general da reserva do Exército, Joaquim Silva e Luna, do comando da Petrobras. Segundo ele, a estatal estava precisando de um gestor “mais profissional”.
“Eu acho que a gente precisava de… Um dos motivos principais é alguém mais profissional lá dentro para poder dar transparência”, disse nesta semana durante a participação em um podcast. “A Petrobras não usa seu marketing, ela não fala”, acrescentou.
A saber, a empresa reajustou os preços do diesel e da gasolina para acompanhar as oscilações do mercado internacional de combustíveis. Como o petróleo havia ficado mais barato nos últimos dias, a expectativa era de redução dos preços, assim como ocorreu com o gás de cozinha. Contudo, os preços dos combustíveis devem continuar elevados.
Em síntese, o petróleo parece estar numa verdadeira gangorra. Os valores caem quando há aumento de otimismo ou redução da demanda global. Em contrapartida, o aumento das tensões no leste europeu tendem a impulsionar os valores. E esses acontecimentos vêm se alternando quase que diariamente, ou seja, nada de redução de preços por enquanto.
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