O preço do petróleo renovou suas máximas em mais de sete anos nesta quarta-feira (19). A commodity teve forte alta no dia devido às preocupações dos investidores com os conflitos no Oriente Médio e com a expectativa de crescimento da demanda em 2022.
Na sessão de hoje, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, subiram 1,06%. Com isso, o barril do petróleo chegou aos US$ 88,44 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. No ano, o Brent acumula forte alta de 13,55% em 2022.
Da mesma forma, os contratos para fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também subiram no pregão (+1,79%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 86,96 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No ano, o WTI acumula ganhos de 15,10%.
Apesar dos casos de Covid-19 continuarem batendo recordes no mundo, os investidores não parecem temer os impactos que isso gerará na demanda por petróleo. A propósito, a última vez que notícias sobre a Covid-19, principalmente a variante Ômicron, fizeram o petróleo despencar foi no final de novembro. De lá pra cá, ambas as referências já recuperaram todas as perdas e estão acumulando fortes ganhos.
Conflitos no Oriente Médio e aumento da demanda preocupam
Na véspera, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) manteve a previsão de forte crescimento da demanda pela commodity em 2022. Em resumo, a entidade acredita que a elevação de juros deve manter o petróleo em alta no decorrer deste ano.
Já nesta quarta-feira, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) elevou suas projeções de crescimento da demanda por petróleo em 2022. A saber, a agência acredita que a commodity voltará aos níveis anteriores à pandemia, visto que a Ômicron deve provocar um impacto mínimo no consumo.
Além disso, conflitos no Oriente Médio seguem preocupando os investidores e impulsionando os preços do petróleo. Em suma, combatentes Houthi do Iêmen fizeram um ataque com drones nos Emirados Árabes Unidos há poucos dias.
A região ainda sofreu recentemente com protestos violentos no Cazaquistão. A Rússia e a Ucrânia também seguem com tensões. Tudo isso afeta o mercado de petróleo, visto que alguns dos maiores produtores mundiais estão na região.
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