Após dias de altas expressivas e um rali que não era visto há muitos anos, os preços do petróleo caíram novamente nesta quinta-feira (10). O segundo recuo consecutivo ocorreu devido ao aumento do otimismo global em relação à oferta da commodity. No entanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia e todos os impactos globais que irá gerar continuam no radar dos investidores.
Na sessão de hoje, o barril Brent, que é a referência mundial, caiu 1,62%. Com isso, o preço do barril recuou para US$ 109,33 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Vale destacar que, na véspera, o Brent despencou mais de 13%.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, caiu 2,46% no pregão de hoje. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 106,02 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). A propósito, o WTI tombou 12,12% na véspera.
Embora os preços tenham caído nos últimos dias, ambas as referências continuam com uma valorização bastante expressiva em 2022. Em resumo, tanto o Brent quanto o WTI têm ganhos de mais de 45% neste ano. Aliás, desde o início da invasão russa à Ucrânia, há 14 dias, o petróleo acumula uma alta de mais de 14%.
No ano passado, o Brent e o WTI também tiveram um desempenho bastante expressivo, acumulando ganhos superiores a 50%. Isso aconteceu devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.
Emirados Árabes afirma que pressionará Opep
Nesta quinta, os investidores continuaram otimistas com as declarações feitas pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na véspera. Em suma, ele afirmou que está disposto a fazer concessões para acabar com a guerra, mas disse que “o outro lado” também precisa estar disposto a fazer concessões.
Como a guerra vem provocando preocupações em relação à oferta de petróleo, o Emirados Árabes Unidos afirmou que pressionará a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para aumentar sua produção de petróleo.
A saber, esta decisão representa uma cisão da aliança do Emirados Árabes com a Arábia Saudita, que permaneça aliada a Moscou em relação às questões energéticas. Apesar dos desafios, os investidores preferiram apostar no otimismo e a pressão dos preços do petróleo deu mais uma trégua no pregão de hoje.
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