Após registrar uma sequência de avanços e renovar a máxima em sete anos, os preços do petróleo, enfim, caíram. Nesta quinta-feira (20), o aumento inesperado dos estoques norte-americanos enfraqueceram a commodity. No entanto, a queda não representa o início de uma trajetória descendente, pelo menos não por enquanto.
A saber, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, tiveram leve queda de 0,06%. Com isso, o barril do petróleo caiu para US$ 88,38 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na parcial de 2022, o Brent acumula alta de mais de 13%.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também recuaram no pregão (-0,30%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 85,55 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No ano, o WTI acumula ganhos superiores a 14%.
Estoques de petróleo nos EUA têm alta inesperada
Nesta quinta, os investidores repercutiram a divulgação de dados sobre os estoques norte-americanos de petróleo. Em suma, houve um aumento de 515 mil de barris na semana passada, para quase 414 milhões de unidades.
A saber, o crescimento dos estoques surpreendeu as projeções dos analistas, que acreditavam em uma redução de 800 mil barris na semana. O Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) divulgou os dados nesta quinta.
“Embora os fundamentos não tenham mudado, parece que finalmente estamos começando a ver o impulso diminuir após um rali de mais de 30% das mínimas Ômicron. Isso está chegando em torno de US$ 90 [o barril], onde o petróleo atingiu um pico de sete anos, aparentemente desencadeando alguns lucros”, disse Cairg Erlam, da Oanda, em nota.
Além disso, os investidores continuam atentos ao Oriente Médio devido aos recentes conflitos nos Emirados Árabes Unidos. A situação também preocupa na Ucrânia, pois há rumores de uma possível invasão russa no país. Isso preocupa o mercado, visto que grandes produtores globais de petróleo estão no centro de todas essas movimentações.
Leia Mais: Ibovespa sobe ao maior nível em três meses