Os preços do barril de petróleo continuam muito elevados. A commodity vem acumulando semanas de avanço e atingindo níveis que não eram vistos há anos. Contudo, a sessão desta segunda-feira (7) trouxe certo alívio para o mercado e os preços do petróleo recuaram.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, caíram 0,62% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 92,69 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também caíram no pregão (-1,07%). Assim, o barril recuou para US$ 91,32 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Vale destacar que o petróleo encerrou 2021 com uma alta superior a 50% em relação a 2020. Aliás, muitos pensaram que o resultado havia acontecido apenas devido à fraca base comparativa por causa da pandemia da Covid-19, que afundou os preços em 2020.
Contudo, a commodity também vem mantendo o ritmo muito forte em 2022 e contraria cada vez mais estes pensamentos. A propósito, os preços do barril Brent subiram quase 17% na parcial deste ano, enquanto o WTI acumula alta ainda mais expressiva, de cerca de 21%.
Negociações entre EUA e Irã avançam e enfraquecem petróleo
Os preços do petróleo estão muito elevados no ano devido à restrição da oferta e à elevada demanda global. A saber, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) decidiu aumentar a sua produção diária em 400 mil barris por dia em março. Contudo, a entidade está com dificuldade para manter esse nível de expansão da produção.
Em suma, os analistas acreditam que a oferta restrita não conseguirá acompanhar a demanda global, mesmo com o aumento da produção. Isso explica a forte alta do barril de petróleo, uma vez que os investidores estão buscando pela commodity antes de um período marcado por mais restrição de oferta.
No entanto, a sessão de hoje enfraqueceu o petróleo graças ao avanço nas negociações entre os EUA e o Irã. Na semana passada, os EUA assinaram diversas isenções de sanções em relação às atividades nucleares civis do Irã. Em resumo, o principal objetivo desta ação é reviver o acordo nuclear de 2015 entre as nações.
Por fim, o mercado também permanece atento à situação do leste europeu, marcado pela iminente invasão da Rússia à Ucrânia. Isso pode provocar diversos impactos no setor energético global, resultando em interrupções da produção de petróleo. Caso isso ocorra, poderá haver ainda mais restrições da oferta da commodity.
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