O petróleo iniciou a semana em forte alta devido às preocupações vindas do leste europeu. Nesta segunda-feira (7), os investidores se mostraram bastante pessimistas em relação a possíveis sanções às exportações da Rússia da commodity. E isso fez o preço do petróleo disparar.
A saber, a cotação do barril Brent, que é a referência mundial, saltou 4,31% na sessão de hoje. Com isso, o preço do barril subiu para US$ 123,21 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Vale destacar que o petróleo Brent chegou a tocar os US$ 139,13 por barril, mas acabou perdendo fôlego no decorrer do dia.
Por sua vez, o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 3,21% no pregão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 119,40 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). A propósito, o WTI tocou os US$ 133,46 por barril na sessão.
Em 2022, as referências acumulam uma valorização expressiva de cerca de 60%. Inclusive, os ganhos apenas em março já chegam a 25% devido à guerra entre Rússia e Ucrânia.
No ano passado, ambas as referências acumularam ganhos superiores a 50%. Aliás, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços do petróleo. No entanto, a commodity permanece com forte valorização em 2022, ainda mais com a guerra no leste europeu.
Sanções contra a Rússia impulsionam preço do petróleo
O forte avanço do petróleo nesta segunda ocorreu, em grande parte, devido ao primeiro-ministro britânico Boris Johnson. De acordo com ele, as sanções contra as importações russas de petróleo “ainda estão na mesa”. Além disso, os Estados Unidos está discutindo a possibilidade de barrar as importações de petróleo russo e tarifar fortemente outros produtos do país.
Em resumo, a guerra no leste europeu entre a Rússia e a Ucrânia parece estar longe de um desfecho. Diversas nações ocidentais impuseram sanções contra a Rússia logo no início da guerra, há 12 dias. Contudo, países orientais também decidiram impor sanções contra o país nos últimos dias.
A saber, a Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (Opep+) já havia revelado que irá manter a expansão de barris em 400 mil por dia no mês de abril. Em outras palavras, a organização não sinalizou qualquer ampliação da sua produção para suprir o provável corte de oferta russa.
Isso quer dizer que a demanda continuará crescendo, uma vez que não há impedimentos para isso, enquanto a oferta não conseguirá acompanhar o ritmo. O resultado disso são os preços cada vez mais elevados do petróleo. E a tendência é que isso continue.
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