O petróleo iniciou 2022 da mesma maneira que encerrou 2021: em alta. No ano passado, a commodity teve uma valorização de mais de 50%, refletindo a sua recuperação após o tombo de 2020 por causa da pandemia da Covid-19. Já em 2022, novas notícias impulsionaram os preços do produto.
A saber, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, caíram 0,29% nesta sexta-feira (7). Com isso, o barril do petróleo chegou aos US$ 81,75 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Apesar do recuo, o Brent acumulou ganhos firmes de 5,1% na semana.
Da mesma forma, os contratos para fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, recuaram no pregão (-0,70%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 78,90 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Na semana, o WTI subiu 4,9%.
Veja o que influenciou os preços do petróleo na semana
Em primeiro lugar, os investidores repercutiram a decisão da Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (Opep+) de elevar a sua produção diária em fevereiro. A entidade acredita que a Ômicron não afetará fortemente a demanda por petróleo e aposta na melhora a curto prazo do cenário global.
Por falar na Ômicron, a variante está fazendo os casos de Covid-19 explodirem no planeta. A saber, a alta transmissibilidade da cepa fez o mundo registrar a maior média diária desde o início da pandemia, próxima dos dois milhões de registros. No entanto, a letalidade da Ômicron não mostra essa força, o que deixa o mercado menos apreensivo.
Por fim, o Cazaquistão está vivendo uma das maiores crises desde a sua independência. Em suma, o país sofre com protestos generalizados contra o governo. Aliás, o presidente do Cazaquistão autorizou os militares a atirar para matar. A propósito, a Rússia já enviou tropas de paraquedistas para tentar amenizar a situação país.
O Cazaquistão produz 1,6 milhão de barris de petróleo por dia. Por isso, os investidores temem que a oferta global da commodity sofra redução. Isso ajudou a impulsionar os preços do petróleo na semana, visto que os protestos ocorrem desde o último dia 2.