Os preços do petróleo dispararam nesta quarta-feira (3), puxados por rumores. A saber, há especulações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) podem continuar com o acordo de cortes de produção. Essa decisão deverá ser tomada hoje (4) em reunião do grupo.
Em resumo, a Opep+ vem segurando a produção de petróleo desde janeiro. Isso significa dizer que grandes produtores estão controlando o bombeamento da commodity de acordo com os seus compromissos. Em fevereiro, ocorreram algumas reuniões dos membros da Opep+, que decidiram permanecer com os cortes de produção. Aliás, essa decisão foi tomada mesmo com o fato de os preços do petróleo já terem atingido, à época, o nível pré-pandemia. Dessa forma, os preços da commodity acabam impulsionados, visto que há menos oferta.
Em contrapartida, os estoques dos Estados Unidos apresentaram um resultado surpreendente. Em suma, houve uma disparada de 21,563 milhões de barris na semana passada. A saber, esse valor se refere a petróleo bruto. Ao mesmo tempo, houve uma surpreendente queda de 13,624 milhões de barris nas reservas de gasolina.
O que explica esses movimentos é a forte queda da utilização das refinarias norte-americanas. O percentual de utilização despencou de 73,6%, há duas semanas, para 56,0% na semana passada. E isso aconteceu devido ao inverno rigoroso que atingiu diversas áreas de produção e refino do petróleo nos Estados Unidos.
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Dentre estas notícias, a que mais impactou a sessão foi a relacionada ao corte de produção. Assim, os preços dos barris dispararam no dia. O barril do petróleo Brent registrou avanço de 2,18% e ficou cotado a US$ 64,07. Da mesma forma, o petróleo dos Estados Unidos (WTI) também subiu, de maneira um pouco mais expressiva (2,56%), e o preço do barril chegou a US$ 61,28.
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