O petróleo fechou o último pregão da semana em alta, mas não consegui eliminar a queda acumulada nos últimos pregões. Assim, os preços da commodity caíram pela segunda semana consecutiva, mas continuam em níveis bastante elevados, acima dos US$ 100.
Em resumo, o barril Brent, que é a referência mundial, subiu 1,45% no pregão da sexta-feira (18). Com isso, o preço do barril chegou a US$ 105,07 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. No entanto, o Brent acumulou uma queda de 3,3% na semana.
Da mesma forma, o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também avançou na sessão (+1,34%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 103,02 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Contudo, o preço do WTI caiu 3,9% na semana.
Com o acréscimo destes resultados, a valorização de ambas as referências na parcial de 2022 superou os 36% de ganhos. Embora o valor seja bastante expressivo, está bem abaixo da valorização registrada há pouco mais de uma semana, de mais de 60%. À época, o petróleo havia atingido as máximas de 14 anos.
No ano passado, o Brent e o WTI também tiveram um desempenho muito firme, acumulando ganhos superiores a 50%. Isso aconteceu devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.
Guerra na Ucrânia continua impactando preço do petróleo
Durante a semana, os investidores se mostraram bastante preocupados com os lockdowns adotados pela China. Em suma, o país vem adotando a política “zero covid” desde o início da crise sanitária, ou seja, todos os surtos de Covid-19 são combatidos com o confinamento da população.
Na semana, o país asiático confinou mais de 30 milhões de pessoas, fazendo o mercado ficar temeroso em relação ao nível de atividade econômica do país. Além disso, este cenário fez muita gente acreditar que haveria redução da demanda global por petróleo, o que fez os preços da commodity cair nos primeiro pregões da semana.
Entretanto, as preocupações vindas do leste europeu voltaram a pesar mais nas últimas sessões da semana, e os preços do petróleo voltara a dispara. A saber, a guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 24º dia. Os países continuam se atacando e não há expectativas para o fim dos conflitos no curto prazo.
Na última quinta-feira (17), tanto a Rússia quanto a Ucrânia também afirmaram que não estão próximos de um acordo de paz, apesar dos encontros realizados. Isso também impulsionou os preços do petróleo.
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