Os preços do petróleo não seguiram uma trajetória única no pregão desta quinta-feira (11). A divulgação do mais recente relatório da Organização dos Países Produtores de Petróleo e seus aliados (Opep+) e dos dados da inflação dos Estados Unidos repercutiram no mercado e influenciaram os preços da commodity nesta quinta.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, caíram 0,15% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 91,41 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Por outro lado, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também tiveram alta no pregão (+0,24%). Assim, o barril subiu para US$ 89,88 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Em 2021, o petróleo acumulou um avanço expressivo superior a 50%. Aliás, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa. A propósito, a pandemia da Covid-19 afundou os preços da commodity em 2020.
No entanto, o petróleo vem mantendo um ritmo bastante forte em 2022. Inclusive, os preços do barril Brent acumulam alta de mais de 15% na parcial deste ano, enquanto o WTI tem um avanço ainda mais expressivo, de mais de 19%.
Relatório da Opep+ e inflação nos EUA influencia petróleo
Na sessão de hoje, os investidores repercutiram a divulgação do relatório da Opep+. Em suma, a organização manteve a projeção para a demanda pelo petróleo em 2022. Isso quer dizer que a demanda global deverá seguir aquecida, enquanto a oferta da commodity segue restrita.
A saber, a Opep+ está com dificuldade para manter o nível de expansão da sua produção, que aumentará em 400 mil barris por dia em março. Além disso, as tensões vindas do leste europeu devido a possível invasão da Rússia à Ucrânia preocupa os investidores. Em síntese, a invasão pode causar interrupções da produção de petróleo, gerando diversos impactos no setor energético global.
Por fim, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que a inflação na maior economia do planeta variou 0,6% em janeiro deste ano. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses subiu de 7% para 7,5%. Ambos os resultados vieram acima do esperado pelo mercado. E isso eleva as expectativas sobre o aumento dos juros nos EUA.
Nesse cenário, o dólar acaba ganhando força, uma vez que a entrada de recursos nos EUA tende a crescer. Geralmente, quando o dólar avança, o petróleo recua. Contudo, a sessão de hoje ficou marcada pela pouca expressividade do dólar, mesmo com a inflação dos EUA nas alturas. Seja como for, o cenário volátil também se repetiu no petróleo e os preços não seguiram uma única direção.
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