Os preços do petróleo encerraram o último pregão da semana em forte alta. Aliás, o barril Brent, que é a referência mundial, alcançou o maior valor de fechamento desde 22 de outubro de 2018, ou seja, em quase três anos que o barril não era vendido tão caro.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para novembro do barril do petróleo Brent subiram 1,08%, para US$ 78,09, na ICE, em Londres. Com isso, o Brent superou o seu antigo pico recente, de US$ 77,26, alcançado em 5 de julho.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo WTI para novembro, que é a referência norte-americana, subiram 0,92% na sessão. Assim, o barril ficou cotado a US$ 73,98na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), cada vez mais próximo do seu pico recente, também em julho, de US$ 75.
Vale destacar que os barris iniciaram a semana no vermelho. Isso aconteceu por dois motivos principais: a espera pela reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, que ocorre no meio da semana, e a crise da Evergrande, segunda maior empresa do setor imobiliário da China.
Baixa oferta impulsiona preços do petróleo nesta sexta
O que mais impulsionou os preços do petróleo nesta sexta-feira (24) foi a oferta limitada. Em suma, a demanda pela commodity continua expressiva. No entanto, a oferta de petróleo está insuficiente para atender os pedidos mundiais, segundo analistas. Isso faz o preço da commodity subir.
Ao mesmo tempo, os investidores seguiram atentos à retomada da produção no Golfo do México, que continua bastante lenta. A propósito, o furacão Ida interrompeu a produção petrolífera local há semanas. Aliás, 31 plataformas acabaram evacuadas antes da chegada do furacão, há quatro semanas, e continuam sem operação. Projeções indicam queda de 300 mil barris diários até dezembro por causa do Ida.
Por fim, a Índia aumenta suas importações de petróleo, bem como a Europa, cuja situação sanitária apresenta melhora. Além disso, os Estados Unidos suspenderam restrições de entrada no território, o que deve impulsionar as viagens e, consequentemente, a demanda por petróleo.
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