O mau humor global foi generalizado hoje (20). A semana iniciou no vermelho em praticamente todos os cantos do mundo. E o petróleo não fugiu da regra, encerrando o dia com perdas firmes. A saber, o que mais repercutiu no pregão foi a espera pela reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, e a crise da Evergrande, segunda maior empresa do setor imobiliário da China.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para novembro do barril do petróleo Brent, que é a referência global, afundaram 1,88%, para US$ 73,92, na ICE, em Londres. Embora tenha recuado, o Brent continua próximo do seu pico recente, de US$ 77,26, alcançado em 5 de julho.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo WTI para outubro, que é a referência norte-americana, tombaram 2,33%. Assim, o barril ficou cotado a US$ 70,29 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), também próximo ao seu pico recente, em julho, de US$ 75.
Veja o que derrubou os preços do petróleo nesta segunda
Em primeiro lugar, a Evergrande possui a maior dívida de ativos do mundo, de US$ 300 bilhões. O risco de calote nos credores é imenso. A companhia possui mais de 1,4 milhão de imóveis em construção, que podem nunca ser finalizados. Inclusive, a empresa já perdeu quase 85% do seu valor de mercado na bolsa de Hong Kong.
Essa situação pode causar um efeito dominó, afentando não só a recuperação econômica da China, mas de todo o planeta. Por isso, analistas já apontam novas revisões para as projeções deste ano. O mercado também aguarda para ver se o governo chinês fará algo para ajudar a empresa.
Além disso, os investidores também estão ansiosos para a reunião do Fed, que acontecerá nesta semana. Em suma, o mercado acredita que o Fed manterá a taxa de juros estável. No entanto, não há certezas sobre a compra de títulos públicos do país, visto que o banco já sinalizou que reduzirá o volume das compras ainda em 2021.
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