Os preços do petróleo estão em tendência de queda. Na sessão desta terça-feira (15), os investidores mostraram ainda mais preocupação com a situação da China, onde a pandemia da Covid-19 voltou a ganhar força. Além disso, o mercado segue atento à guerra na Ucrânia e aos impactos globais dos conflitos.
O aumento da tensão global fez o barril Brent, que é a referência mundial, cair 5,62% no pregão de hoje. Com isso, o preço do barril recuou para US$ 97,58 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Aliás, nas últimas cinco sessões, o petróleo Brent acumula uma desvalorização de 23,75%.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, caiu 6,31% no pregão de hoje. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 94,79 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). O WTI acumula uma queda de 23,37% nas últimas cinco sessões.
Embora os preços venham caindo fortemente nos últimos dias, ambas as referências continuam com uma valorização de mais de 27% na parcial de 2022. Contudo, vale destacar que a valorização chegou a ultrapassar os 60% há menos de uma semana, quando o petróleo atingiu as máximas de 14 anos.
No ano passado, o Brent e o WTI também tiveram um desempenho muito firme, acumulando ganhos superiores a 50%. Isso aconteceu devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.
Surtos de Covid-19 na China derrubam preço do petróleo
Na sessão de hoje, os investidores se mostraram ainda mais preocupados com os novos lockdowns adotados pela China. A situação ajudou a derrubar os preços do petróleo na véspera. Contudo, o país bateu hoje um novo recorde de casos de Covid-19 registrados desde 2020.
Como a China vem adotando a política “zero covid” desde o início da crise sanitária, todos os surtos de casos vêm sendo combatidos com o confinamento da população. E o país elevou o número de pessoas em lockdown, de 17,5 milhões na véspera para 30 milhões nesta terça. Os investidores temem que esse número aumente, o que afetaria ainda mais a atividade econômica do país.
Além disso, o mercado continua atento à guerra entre Rússia e Ucrânia, que chegou hoje ao 20º dia. Não houve acordo de cessar-fogo entre os países, apesar de já terem ocorrido quatro encontros entre representantes das nações.
Por fim, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revelou em seu relatório mensal que os conflitos no leste europeu devem impactar o setor energético global.
De acordo com a Opep, “desafios para a economia global, especialmente em relação à desaceleração do crescimento econômico, aumento da inflação e a turbulência geopolítica em curso afetarão a demanda por petróleo em várias regiões“.
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