O petróleo e o dólar fecharam a semana em alta firme. Nem todo mundo sabe, mas essa notícia pode afetar diretamente os preços dos combustíveis no Brasil. Aliás, quanto mais altos estiverem as cotações da commodity e da moeda norte-americana, maiores as chances de reajuste dos preços da gasolina e do diesel no país.
Em resumo, o barril Brent, que é a referência mundial, subiu 2,18% na semana e chegou a US$ 103,20 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. A saber, o petróleo voltou a superar a marca dos US$ 100, perdida na semana passada.
Por sua vez, o dólar avançou 1,72% na semana e encerrou a sessão desta sexta-feira (22) cotado a R$ 5,4977, maior patamar de fechamento desde 24 de janeiro (R$ 5,5017). Com isso, a desvalorização da moeda norte-americana ante o real, que estava em 14,77% no final de maio, caiu para 1,38% no final da sessão de hoje.
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Petrobras segue cotações internacionais para reajustar combustíveis
O avanço do petróleo e do dólar podem resultar na elevação dos preços dos combustíveis no Brasil. Em suma, a política de preços da Petrobras se baseia na cotação internacional do petróleo e nas variações do dólar. Isso quer dizer que as altas nesta semana não são positivas para os brasileiros.
Contudo, as chances de aumento dos preços dos combustíveis são praticamente nulas. Isso só deverá acontecer se tanto o dólar quanto o petróleo tiverem mais algumas semanas de alta firme, mas isso não deverá acontecer devido aos riscos de recessão econômica global, que vêm enfraquecendo o desempenho do petróleo nas últimas semanas.
Aliás, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em quase 5% na última quarta-feira (20). Com isso, o preço praticado no Brasil ficou equiparado ao do mercado internacional, segundo Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
No caso do diesel A (sem adição de biodiesel), o valor está mais caro no mercado doméstico. A saber, o combustível custa, em média, R$ 0,13 a mais no Brasil que no mercado internacional. Isso quer dizer que os preços do petróleo e a cotação do dólar ainda precisam subir expressivamente para a Petrobras ter motivos para reajustar os combustíveis no país.
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