O otimismo continua prevalecendo no mercado do petróleo. Os investidores permanecem acreditando que os impactos provocados pela variante Ômicron não afetarão a demanda global por petróleo.
Aliás, muitos afirmam que a oferta restrita não conseguirá atender toda a demanda do planeta em pouco tempo. E, diante dessas expectativas, o petróleo disparou nesta terça-feira (11).
A saber, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, saltaram 3,52% na sessão. Com isso, a cotação do barril do petróleo subiu para US$ 83,72 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também dispararam no pregão (3,82%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 81,27 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Restrição de oferta e aumento de demanda por petróleo
Em resumo, a explosão de casos provocados pela Ômicron não parece preocupar os investidores. Isso acontece porque, apesar do aumento significativo dos novos casos, com novos recordes nos últimos dias, a média diária de óbitos segue bastante estável.
A saber, o planeta vem registrado mais de 6 mil mortes por dia, em média, agora em janeiro. Esse valor é bem inferior aos mais de 14 mil óbitos diários no final de janeiro de 2021.
Por outro lado, os novos casos diários no mundo ultrapassam os 2 milhões nos últimos dias, número expressivamente superior aos menos de 850 mil novos casos registrados no final de abril de 2021, recorde até então.
A expectativa é que a Ômicron continue infectando a população, mas que as taxas de mortalidade permaneçam estáveis. Assim, a demanda por petróleo não deverá sofrer quedas. No entanto, como a oferta segue restrita justamente por causa da pandemia, muitos acreditam que a retomada da produção de petróleo pelos principais países produtores não consiga atender toda a demanda.
Nesse cenário de oferta limitada, o preço da commodity tende a subir. E os investidores estão aproveitando o momento para comprar barris que deverão ficar ainda mais caros em um futuro próximo.
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