O pregão desta sexta-feira (11) ficou marcado pela escalada das tensões vindas do leste europeu. E os preços do petróleo reagiram fortemente a esse cenário preocupante. Assim, as principais referências da commodity dispararam na sessão e reverteram a queda que vinham acumulando na semana.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, saltaram 3,31% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 94,44 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, os preços do Brent, que acumulavam queda, reverteram a tendência e subiram 1,25%.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também dispararam no pregão (+3,58%). Assim, o barril subiu para US$ 93,10 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Nesse caso, a alta acumulada na semana chegou a 0,85%.
Vale destaca que esta é a sexta semana consecutiva de alta dos preços do petróleo, ou seja, a commodity só teve resultados semanais positivos em 2022.
Em 2021, a commodity acumulou ganhos superiores a 50%. Aliás, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa devido à pandemia da Covid-19, que afundou os preços do petróleo em 2020.
No entanto, a commodity também vem mantendo um ritmo forte em 2022. Inclusive, os preços do barril Brent acumulam alta de mais de quase 19% na parcial deste ano, enquanto o WTI tem um avanço ainda mais expressivo, de mais de 22%.
Escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia faz petróleo disparar
Nesta sexta, os investidores mostraram ainda mais preocupação com o leste europeu. Em suma, os Estados Unidos afirmaram que a Rússia reuniu mais tropas perto da Ucrânia e que o país de Vladimir Putin pode invadir a Ucrânia a qualquer momento.
“Um ataque russo à Ucrânia pode começar a qualquer momento e provavelmente iniciará com um ataque aéreo”, disse o conselheiro Jake Sullivan, em uma entrevista coletiva em Washington nesta sexta-feira. “O Ocidente está mais unido do que em muitos anos. Com essas nações unidas podemos vencer qualquer disputa”, acrescentou Sullivan.
Esse cenário preocupa o mercado, pois a a invasão da Rússia à Ucrânia pode causar interrupções da produção de petróleo. Dessa forma, irá gerar diversos impactos no setor energético global em uma realidade de oferta limitada e demanda global em expansão.
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