Após pregões turbulentos devido à nova variante da Covid-19, a ômicron, os preços do petróleo dispararam nesta segunda-feira (6). Isso ocorreu por dois motivos principais: notícias “menos severas” envolvendo a ômicron e repercussão de decisão da Arábia Saudita.
Em resumo, os contratos futuros para janeiro do barril de Brent do Mar do Norte, que é a referência mundial, saltaram 4,57% e fecharam o dia cotados a US$ 73,08 por barril na ICE, em Londres.
Por sua vez, os contratos para o mesmo mês do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, dispararam 4,87% na sessão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 69,49 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Redução do temor com ômicron alivia petróleo
Na última semana, o planeta voltou a ficar atônito com as novas notícias sobre a pandemia da Covid-19. Em suma, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a ômicron como uma variante de preocupação, além de ter afirmado que a variante representa um “risco global muito alto”.
No entanto, todas as preocupações crescentes perderam bastante força nesta segunda. Na verdade, apesar da maior transmissibilidade, a ômicron não parecia ser tão letal como outras cepas. Aliás, “até o momento não se registrou nenhuma morte associada à variante ômicron”, afirmou a OMS em um documento técnico na última semana.
A saber, dados iniciais sobre pessoas infectadas com a variante ômicron sugerem que a cepa escapa das vacinas, mas não provoca casos graves. Em síntese, esse é o maior medo global: maior letalidade da variante.
Decisão da Arábia Saudita e reunião da Opep+ repercutem
Além disso, o mercado também repercutiu a decisão da estatal Saudi Aramco de elevar os preços do petróleo. Em suma, isso mostra que os mercados seguem mais confiantes com o futuro. Contudo, as perspectivas para os próximos meses continuam incertas.
De toda forma, a decisão se antecipa ao aumento na produção dos membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (Opep+). Na reunião da semana passada, os países da organização decidiram reduzir os cortes de produção em 400 mil barris diários em janeiro.
Por fim, o dia foi positivo para o petróleo. A expectativa agora é de mais notícias positivas sobre a ômicron e, consequentemente, melhora na cena econômica global.
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