O mercado energético segue bastante temeroso com a escalada de tensão no leste europeu. Nesta segunda-feira (14), os preços do petróleo voltaram a disparar com o aumento das preocupações envolvendo a Rússia e a Ucrânia.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, saltaram 2,16% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 96,48 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também dispararam no pregão (+2,53%). Assim, o barril subiu para US$ 95,46 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Neste ano, o petróleo fechou todas as semanas com ganhos. Aliás, o barril Brent acumula alta de mais de 21% na parcial de 2022, enquanto o WTI tem um avanço ainda mais expressivo, de quase 25%. Analistas estimam que os preços dos barris superem os US$ 100 nos próximos pregões;
Vale destacar que a commodity acumulou ganhos superiores a 50% em 2021. Inclusive, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa por causa da pandemia da Covid-19, que afundou os preços do petróleo em 2020. No entanto, a commodity segue avançando fortemente em 2022.
Escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia faz petróleo disparar
Nesta segunda, os investidores continuaram mostrando bastante receio com o leste europeu. Em suma, os Estados Unidos afirmaram que a Rússia reuniu mais tropas perto da Ucrânia e que o país de Vladimir Putin pode invadir a Ucrânia a qualquer momento.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, sugeriu ao presidente russo, Vladimir Putin, que siga o caminho diplomático. As tensões na região cresceram consideravelmente nos últimos dias.
Esse cenário preocupa o mercado, pois a invasão da Rússia à Ucrânia pode causar interrupções da produção de petróleo na região. Dessa forma, irá gerar diversos impactos no setor energético global. E isso tudo acontece em uma realidade de oferta limitada e demanda global em expansão.
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