O petróleo iniciou a semana em forte alta devido ao aumento dos temores globais sobre a escassez de oferta da commodity. Nesta segunda-feira (21), os preços dispararam com a possibilidade de a Europa se juntar aos Estados Unidos no embargo ao petróleo da Rússia.
A saber, o barril Brent, que é a referência mundial, saltou 6,51% no pregão de hoje. Com isso, o preço do barril saltou para US$ 111,92 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 5,95% na sessão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 109,23 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Vale destacar que ambas as referências estão com uma valorização superior a 41% na parcial de 2022 . Embora os ganhos sejam bastante expressivos, tanto o Brent quanto WTI chegaram a registrar uma valorização de mais de 60% há menos de duas semanas. À época, o petróleo havia atingido as máximas de 14 anos.
No ano passado, ambas as referências também tiveram um desempenho muito firme, com ganhos superiores a 50% em relação a 2020. Isso aconteceu devido à fraca base comparativa, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.
Temores com escassez da oferta impulsionam preços do petróleo
Nesta segunda, líderes da União Europeia se reuniram para discutir novas sanções contra a Rússia. Em suma, a possibilidade de a Europa se juntar aos Estados Unidos no embargo ao petróleo russo fez os preços da commodity saltarem no dia.
A saber, muitos países europeus defendem a proibição da importação de petróleo e gás natural da Rússia. Contudo, as nações mais dependentes das commodities russas estão bastante reticentes, como a Alemanha, cujos 40% do gás importado vêm da Rússia, assim como 34% do petróleo.
No final de semana, rebeldes atacaram uma refinaria na Arábia Saudita, que é o maior exportador global de petróleo. Apesar de o ataque não tenha causado dano grave à refinaria, indica que pode haver interrupções no fornecimento de petróleo. E imaginar uma oferta ainda mais restrita fez os preços do barril saltarem nesta segunda.