O petróleo fechou mais um pregão em forte alta, impulsionado pelas consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia. Nesta terça-feira (8), os Estados Unidos anunciaram a proibição de importações de petróleo e gás natural da Rússia.
Isso pressionará ainda mais a oferta da commodity, visto que o país comandado por Vladimir Putin é o segundo maior exportador global de petróleo. Por isso, os investidores preferiram se antecipar ao futuro cada vez mais incerto e adquiriram seus barris. Por isso que os preços saltaram no dia.
Em suma, o barril Brent, que é a referência mundial, fechou a sessão com alta de 3,87%. Com isso, o preço do barril subiu para US$ 127,98 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiu 3,60% no pregão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 123,70 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
A propósito, ambas as referências acumulam uma valorização superior a 60% em 2022. Inclusive, os ganhos após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia já passam de 30%, ou seja, representam metade da disparada dos preços neste ano.
No ano passado, o Brent e o WTI acumularam ganhos superiores a 50%. Aliás, o resultado foi muito expressivo devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.
Temores com oferta limitada impulsionam petróleo
O forte avanço do petróleo nesta terça ocorreu devido à decisão dos EUA em barrar as importações de petróleo e gás natural da Rússia. A expectativa do mercado é que os preços subam ainda mais, visto que o Reino Unido também anunciou a proibição de importações do petróleo russo até dezembro deste ano.
Em resumo, a guerra no leste europeu entre a Rússia e a Ucrânia está longe de acabar. Inclusive, a Rússia proibirá exportações de commodities devido às sanções que diversas nações vêm impondo ao país. A saber, além de ser uma grande exportadora de petróleo, a Rússia também é a maior exportadora mundial de trigo, grão muito utilizado em todo o planeta.
Todo este cenário preocupa o mercado, pois nenhuma parte parece disposta a ceder. Quanto mais um pressiona, mais o outro reage. E quem sofre no meio de tudo isso é a população global, que deverá sentir mais fortemente o aumento dos preços de diversos produtos nos próximos meses.