O petróleo sofreu uma forte queda nesta terça-feira (15). A escalada da tensão no leste europeu, que ganhou força nos últimos dias, acabou enfraquecida no decorrer do dia. Com isso, os investidores se sentiram mais aliviados em relação ao futuro do mercado energético e se desfizeram do petróleo.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, despencaram 3,31% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 93,28 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também afundaram no pregão (-3,55%). Assim, o barril caiu para US$ 92,07 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Embora o resultado na sessão tenha sido negativo, o petróleo acumulou ganhos em todas as semanas de 2022. Aliás, mesmo com a queda, o barril Brent tem uma alta acumulada de aproximadamente 18% neste ano, enquanto o WTI tem um avanço ainda mais expressivo, de mais de 22%.
Vale destacar que a commodity fechou 2021 com ganhos acumulados de mais de 50%. Inclusive, muitos pensaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa por causa da pandemia da Covid-19, que afundou os preços do petróleo em 2020. No entanto, a commodity segue com forte valorização em 2022.
Redução das tensões entre Rússia e Ucrânia faz petróleo afundar
Os investidores se mostraram bem mais otimistas em relação ao leste europeu durante o dia. Isso porque a Rússia retirou algumas tropas das regiões de fronteira com a Ucrânia nesta terça-feira. A saber, os soldados estavam fazendo exercícios militares e preocupando o mercado, mas a Rússia os enviou de volta para as suas bases.
Vale destacar que a decisão não ficou clara para os investidores, que ainda não saber se ela será temporária ou definitiva. Ainda assim, o otimismo prevaleceu e o petróleo afundou.
Em suma, as tensões na região preocupam o mercado, pois a invasão da Rússia à Ucrânia pode causar interrupções da produção de petróleo no leste europeu. Dessa forma, irá gerar diversos impactos no setor energético global. E isso tudo acontece em uma realidade de oferta limitada e demanda global em expansão.
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