O petróleo fechou o pregão desta quarta-feira (9) em forte queda, após o rali dos preços nos últimos dias. Isso ocorreu devido ao alívio da tensão geopolítica na Ucrânia, atacada pela Rússia nas últimas duas semanas.
Em suma, o barril Brent, que é a referência mundial, despencou 13,15% na sessão de hoje. Com isso, o preço do barril caiu para US$ 111,14 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Já o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, tombou 12,12% no pregão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 108,70 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Embora os preços tenham despencado nesta quarta, ambas as referências continuam com uma valorização bastante expressiva em 2022. Em resumo, tanto o Brent quanto o WTI têm ganhos de mais de 47% neste ano. Aliás, desde o início da invasão russa à Ucrânia, há 14 dias, o petróleo acumula uma alta de mais de 16%.
No ano passado, o Brent e o WTI também tiveram um desempenho bastante expressivo, acumulando ganhos superiores a 50%. Isso aconteceu devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços globais do petróleo.
Presidente da Ucrânia faz declarações e alivia tensão global
Nesta quarta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse entrevista à Bild TV que está disposto a fazer concessões para acabar com a guerra. Ele afirmou que “o outro lado” também precisa estar disposto a fazer concessões.
No entanto, vale destacar que a Rússia atacou uma maternidade nesta quarta, após as declarações de Zelensky, deixando ao menos 17 mortos. O presidente da Ucrânia afirmou que o país “passou dos limites” e pediu à comunidade europeia que condene os “crimes de guerra da Rússia”.
“Europeus, vocês não podem dizer que não viram o que aconteceu com os ucranianos… Vocês viram, vocês sabem, então vocês devem fortalecer as sanções contra a Rússia para que ela não tenha mais a oportunidade de continuar esse genocídio”, disse Zelensky.
Além disso, o temor visto na véspera devido à proibição dos Estados Unidos e Reino Unido em importar petróleo e gás natural da Rússia perdeu força. Os investidores ficaram bastante preocupados com a decisão, mas chegaram à conclusão que o impactos destas sanções deverá ser menor que o esperado.
De um lado, os EUA poderão conseguir substituir com certa facilidade o petróleo importado da Rússia. Já a decisão do Reino Unido em proibir as importações até dezembro deste ano dará tempo para que haja um ajuste da oferta. Em outras palavras, ambas as sanções não deverão afetar o planeta como muitos temiam.
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