A Petrobras já promoveu diversos reajustes nos preços dos combustíveis em 2022. Isso aconteceu, em grande parte, devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, que vem limitando a oferta do petróleo no mundo. Como consequência, os combustíveis derivados da commodity, como diesel e gasolina, acabam ficando mais caros.
No entanto, nesta terça-feira (12), o petróleo fechou em forte queda no exterior. A saber, o barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, despencou 7,10% e fechou o dia cotado a US$ 99,49. Esse é o menor patamar de fechamento do barril desde 11 de abril, ou seja, há três meses.
Por isso, muita gente fica animada com a queda nos preços do petróleo, pois torce para que a Petrobras também reduza os preços da gasolina e do diesel no país. Em resumo, a política de preços da estatal se baseia na cotação internacional do petróleo. Contudo, a empresa também leva em consideração as oscilações do dólar para definir os preços dos combustíveis.
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Dólar alcança maior patamar desde janeiro
Na verdade, o dólar e o petróleo tendem a ter variações inversas. Geralmente, quando a moeda norte-americana tem forte alta no dia, o petróleo segue o caminho inverso. Contudo, nos últimos tempos, ambos estavam se mantendo em nível elevado, mas isso não aconteceu nesta terça-feira.
Embora o petróleo tenha tombado e perdido o patamar dos US$ 100, o dólar seguiu o caminho inverso e chegou a R$ 5,4385, maior nível de fechamento desde 26 de janeiro (R$ 5,4421). Com isso, a desvalorização de mais de 16% ante o real, observada em abril, caiu para 2,44%.
Em suma, os temores com a recessão econômica global continuam ganhando força no mundo. Nesta semana, a China continuou com lockdown em diversas regiões devido ao aumento do número de casos de coronavírus. Além disso, diversos países estão registrando aumento no contágio devido a uma nova variante.
Todo esse cenário leva os mercados a projetarem recessão global neste ano. Por isso que a demanda por petróleo acabou bastante afetada nesta terça. Aliás, momentos de incerteza econômica fazem os investidores recorrerem ao dólar devido à segurança da moeda americana.
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