A invasão da Rússia à Ucrânia continua dominando o noticiário internacional. Após o pânico da véspera, que fez as bolsas internacionais despencarem, os preços do petróleo seguiram um caminho diferente nesta sexta-feira (25) e fecharam a sessão em queda.
A saber, a cotação do barril Brent, que é a referência mundial, caiu 1,36% na sessão. Com isso, o preço do barril fechou o pregão cotado a US$ 94,12 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, o barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também recuou no dia (-1,31%). O barril fechou o pregão cotado a US$ 91,59 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Na véspera, ambas as referências ultrapassaram a marca dos US$ 100 por barril no decorrer da sessão. Contudo, perderam o ímpeto inicial, impulsionado pelas preocupações em relação à invasão da Rússia à Ucrânia, e fecharam o dia abaixo deste patamar.
Aliás, mesmo com o recuo nesta sexta, o preço do petróleo subiu no acumulado semanal. Em resumo, o Brent fechou a semana com alta de 0,62%, enquanto o WTI teve ganhos de 0,57%. A propósito, o resultado sucede a queda registrada na semana passada, que foi o único recuo semanal de 2022 até agora.
Por isso mesmo, na parcial deste ano, o barril Brent tem uma forte valorização de quase 19%. Por sua vez, o WTI tem um resultado ainda mais expressivo e acumula ganhos de mais de 21%.
O petróleo acumulou ganhos superiores a 50% em 2021. Inclusive, muitos acreditaram que o resultado só havia acontecido devido à fraca base comparativa de 2020, afetada fortemente pela pandemia da Covid-19, que afundou os preços da commodity no planeta. No entanto, o petróleo permanece com um forte valorização em 2022.
Preocupações diminuem nesta sexta
Na primeiras horas de ontem (24), a Rússia deu início à sua ofensiva militar contra a Ucrânia. Em suma, o presidente russo Vladimir Putin autorizou o que ele chamou de “operação especial” em Donbass, no leste ucraniano.
Além dos ataque ao país vizinho, Putin alertou o planeta. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, disse.
Apesar de toda a tensão vinda do leste europeu, os investidores puderam respirar um pouco mais aliviados nesta sexta. Em síntese, informações sobre uma possível disposição da Rússia em buscar um acordo com a Ucrânia elevou o otimismo global.
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