Após acumular nove semanas consecutivas de alta, os preços do petróleo, enfim, caíram. O resultado não alterou o avanço em outubro, segundo mês seguido de alta. Contudo, as notícias positivas na semana conseguiram derrubar os preços da commodity, pelo menos por enquanto.
A saber, os preços dos contratos futuros para janeiro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, tiveram leve alta nesta sexta (29), de 0,07%, e alcançaram US$ 83,72, na ICE, em Londres. No entanto, isso não foi suficiente para impedir a queda na semana, que interrompeu uma sequência de sete resultados semanais positivos.
Já os contratos para o petróleo WTI para dezembro, que é a referência norte-americana, tiveram um avanço mais expressivo na sessão, de 0,91%, com o barril cotado a US$ 83,57 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Da mesma forma, o avanço não reverteu a trajetória descendente, que pôs fim ao rali de nove semanas dos preços da commodity.
Esse resultado semanal só conseguiu reduzir levemente os ganhos do petróleo em outubro. A propósito, o barril Brent encerrou o mês em alta de 6,62%, enquanto a referência norte-americana disparou 11,38% no mês. E isso aconteceu, principalmente, devido aos temores envolvendo a redução da produção da commodity ao passo em que a demanda global só cresce.
Escassez de petróleo preocupa
Em suma, os principais fatores que impulsionaram o preço do petróleo envolvem a demanda e a oferta. Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no mundo, a demanda pela commodity está crescendo fortemente. Contudo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) não dão sinal de aumento de suas produções.
A oferta limitada tende a elevar os preços do petróleo, ainda mais em um momento em que a oferta de gás natural também está fraca. A demanda por petróleo cresceu em outubro, pois a commodity acabou utilizada em substituição do gás natural. Como a procura cresce em um cenário de pouca oferta, os preços também avançam.
Nesta sexta, o recuo aconteceu por causa de alívios atuais. O primeiro deles é o forte aumento dos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos. Em suma, quanto maior a oferta, menores os preços, em teoria.
Além disso, rumores de retomada das negociações nucleares com o Irã também diminuíram as preocupações envolvendo o fornecimento do petróleo. Por isso, a commodity recuou na semana, mas isso não alterou os avanços no decorrer do mês e o petróleo disparou em outubro.
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