Nesta semana, o petróleo não sabe o que é terminar o dia no vermelho. Após a disparada de mais de 3% na última segunda-feira (27) e do leve avanço na véspera, os preços da commodity encerraram mais um dia em alta. No entanto, não foram notícias menos negativas sobre a variante Ômicron que impulsionaram o petróleo, como ontem, mas a queda dos estoques nos Estados Unidos.
Na sessão desta quarta-feira (29), os contratos futuros para fevereiro do barril de Brent, que é a referência mundial, subiram 0,36%. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 79,23 na ICE, em Londres.
Da mesma forma, os contratos para fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também tiveram alta no pregão (+0,76%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 76,56 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Ambos os valores estão ainda mais próximos do nível registrado no final de novembro, antes do tombo de mais de 10% devido à Ômicron. À época, o temor sobre a nova variante fez o preço do petróleo despencar. De lá pra cá, o mercado reage de acordo com as notícias sobre a nova variante. E, nesta quarta, as notícias não foram positivas.
OMS alerta para risco provocados pela Ômicron
Em resumo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o risco provocado pela Ômicron segue “muito elevado”. “Evidências consistentes mostram que a variante Ômicron tem uma vantagem de crescimento sobre a variante Delta, com um período de dois a três dias para duplicar-se, e aumentos rápidos de casos são vistos em vários países”, disse a OMS.
Vale destacar que nesta quarta a França bateu recorde de casos de Covid-19 em um único dia, com quase 180 mil novos casos. A previsão do ministro da Saúde, Olivier Véran, é que o país pode chegar “a mais de 250 mil casos diários até o início do mês de janeiro”.
Aliás, diversos países voltaram a adotar medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus. Esse cenário aumentou a preocupação dos investidores, pois estas novas restrições podem afetar novamente os setores aéreo e de turismo em todo o planeta. Muitos países já fecharam suas fronteiras, e o avanço da Ômicron pode agravar essa situação.
Estoques de petróleo nos EUA caem mais que o esperado
Diante das notícias negativas sobre a Ômicron, os preços do petróleo até poderiam cair nesta quarta. Contudo, os estoques norte-americanos de petróleo caíram em 3,576 milhões de barris na semana passada, para 419,995 milhões de unidades. Em suma, a redução superou as projeções de analistas, que acreditavam numa queda de 3,2 milhões de barris no período.
Da mesma forma, os estoques de gasolina também despencaram na semana (-1,459 milhão de barris). Nesse caso, a redução contrariou as estimativas, que indicavam um aumento de 200 mil unidades no período.
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