Os preços do petróleo vêm subindo sem precendentes nos últimos tempos, e a expectativa é que isso não pare tão cedo. Nesta terça-feira (19), a commodity avançou mais uma vez. E isso aconteceu, principalmente, devido ao temor global com a redução da oferta de gás natural.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para dezembro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, subiram 0,89%. Assim, terminaram o dia cotados a US$ 85,08, na ICE, em Londres. Esse é o maior patamar do petróleo desde outubro de 2018.
Da mesma forma, os contratos para novembro do petróleo WTI, que é a referência norte-americana, avançaram na sessão (0,63%). Com isso, o barril fechou o dia cotado a US$ 82,96 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Nesse caso, esse é o mairo valor do barril desde outubro de 2014.
Redução da oferta de gás natural impulsiona petróleo
A saber, o que mais repercutiu nesta terça foram relatos em torno da Rússia. O país não terá condições de ofertar gás natural aos consumidores da Europa por causa de uma crise energética na região. Em suma, Moscou teria sinalizado a Bruxelas que o fornecimento só poderá ocorrer se houve uma aprovação regulatória para embarques do gás natural através do gasoduto Nord Stream 2.
Como se isso não fosse suficiente para preocupar o mercado, o banco Goldman Sachs elevou suas estimativa em relação aos preços do gás natural TTF. O item, que é negociado na Holanda e figura como a referência europeia, deverá saltar 70,50%, segundo o banco.
Esse projeção também envolve a Rússia, cujo gás reservado para a Europa, vindo de Yamal, tem um volume de aproximadamente 31 milhões de metros cúbicos por dia. Esses números também são projetados e se referem a novembro. Caso haja confirmação, o volume ficará em linha com o de outubro, ambos 60% menores que os 75 milhões de metros cúbicos diários esperados por analistas para normalizar o mercado europeu.
Por fim, com uma oferta bastante reduzida do gás natural, a demanda por petróleo tende a crescer. Ainda mais no final deste ano, com a chegada do inverno no hemisfério norte. Assim, os preços devem disparar, tanto o do gás natural quanto o do petróleo.
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