O preço do petróleo atingiu a maior cotação desde 2014 nesta terça-feira (18). A saber, a commodity avançou devido aos conflitos no Oriente Médio, que se somou à expectativa de crescimento da demanda pelo petróleo em 2022. Aliás, o aumento de casos da Covid-19 continua provocando baixas preocupações no mercado.
Na sessão, os contratos futuros para março do barril de Brent, que é a referência mundial, subiram 1,19%. Com isso, o barril do petróleo chegou aos US$ 87,51 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. No ano, o Brent acumula forte alta de 12,50% em 2022.
Da mesma forma, os contratos para fevereiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também subiram no pregão (+1,35%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 85,43 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). No ano, o WTI acumula ganhos de 13,35%.
A propósito, ambas as referências haviam tombado mais de 10% devido ao temor provocado pela variante Ômicron. À época, notícias sobre a nova variante fizeram o preço do petróleo despencar.
No entanto, os recorrentes recordes diários de casos em todo o mundo parecem não afetar mais os preços da commodity. Na verdade, os investidores continuam otimistas com o futuro, acreditando que os impactos provocados pela Ômicron afetarão o mercado de petróleo apenas no curto prazo.
Conflitos no Oriente Médio preocupam
Por uma lado, as tensão com a Covid-19 se mostram bastante enfraquecidas. Nesta terça, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) manteve a previsão de forte crescimento da demanda pela commodity em 2022. Em resumo, a entidade acredita que a elevação de juros deve manter o petróleo em alta no decorrer do ano.
Além disso, conflitos no Oriente Médio impulsionaram ainda mais os preços do petróleo nesta terça. A saber, combatentes Houthi do Iêmen fizeram um ataque com drones nos Emirados Árabes Unidos e as explosões atingiram vários tanques de combustível.
Em suma, o que preocupa os investidores não é o ataque em si, visto que os danos não se mostraram muito significativos, segundo notícias locais, mas o que pode acontecer nos próximos dias. O temor se refere a futuras interrupções que a produção de petróleo do Emirados Árabes pode sofrer, o que afetaria a oferta global, que já está restrita.
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