O Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) revelou nesta quarta-feira (03) que a Petrobras, que vai apresentar em breve seus resultados, deverá registrar um resultado financeiro positivo, com lucro líquido de R$ 23,5 bilhões, receita líquida de R$ 114,8 bilhões, e Ebitda ajustado de R$ 54,4 bilhões.
De acordo com o Ineep, o resultado terá forte relação com a queda do preço do barril do petróleo de abril a junho e com a redução de preços nas refinarias da companhia após o fim da política de paridade da importação (PPI) em maio. Nesse sentido, a entidade aponta que o lucro estimado da Petrobras proporcionará uma geração de caixa operacional no trimestre de cerca de R$ 43,5 bilhões, que é o resultado das entradas e saídas de caixa relacionadas às atividades operacionais.
Com essa geração de recursos, informou o Ineep, a estimativa é de um fluxo de caixa livre (diferença entre a geração de caixa livre e gastos em investimentos imobilizados e intangíveis) da Petrobras no segundo trimestre da ordem de R$ 29 bilhões, queda de 54% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Com base nas estimativas da geração de caixa operacional, do fluxo de caixa livre e na mudança na política de remuneração de acionistas, o Ineep estimou o montante da distribuição de remunerações neste trimestre entre R$ 17 bilhões e R$ 21 bilhões”, afirmou em um comunicado o Ineep.
Ainda segundo o instituto, deste total estimado para ser distribuído pela empresa no próximo trimestre, pouco mais de 36,6% irão para o governo federal e para o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Do restante, 63,4% vão para acionistas privados – destes, 46,3% não são brasileiros e 17,1% são.
Conforme o Ineep, os preços dos derivados caíram em média 27,5% no segundo trimestre na comparação anual, saindo de R$ 654,00 por barril no segundo trimestre de 2022 para R$ 474,00 no segundo trimestre de 2023. Ainda segundo o instituto, as receitas com vendas no mercado interno da Petrobras representam cerca de 75% das receitas totais da empresa – essas receitas devem cair 33% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 114,8 bilhões. Assim como as vendas internas, as externas também devem registrar uma queda quando comparado os resultados do segundo trimestre de 2022 – a expectativa é de que a queda chefe a pouco mais de 19%.
Leia também: Petrobras está sofrendo pressão para reajustar os preços dos combustíveis